Sunday, June 18, 2017

CALLING DOCTOR LOVE: HIGIENE SENTIMENTAL PARA UMA VIDA SEXUAL SAUDÁVEL E SUPIMPA (#39)



Caro Dr. Love:
A única fantasia sexual praticada comigo pelo meu marido está relacionada a Norman Bates, ao filme "Psicose" e à série de TV "Bates Motel". Ele vive correndo brechós pelas cidades da região atrás de roupas velhas de senhoras idosas que sirvam nele, além de perucas de bruxas, para usar na famosa cena do chuveiro do filme, que ele recria lá em casa pelo menos uma vez a cada duas semanas. Eu, claro, sou sempre a vítima. Depois de simular um esfaqueamento debaixo do chuveiro, e de encher o box do banheiro com um ketchup bem ralinho, ele rasga sua fantasia de velha e me come impiedosamente enquanto eu me finjo de morta o tempo todo. No início, achava a brincadeira engraçada e bastante original. Mas logo senti que havia algo de errado nela, pois nunca tive coragem de contar para minhas amigas em nossos encontros semanais para falar das putarias que praticamos dentro e fora dos nossos casamentos. Já estamos casados há alguns anos e nada dessa brincadeira evoluir para algo um pouco diferente. Eu confesso que cansei. Não sinto mais a menor vontade de participar disso. Sem contar que estou começando a ter medo de dizer para ele que não quero mais brincar de "Bates Motel" com ele, com receio das represálias que possam vir. O que eu faço, Dr. Love: interno ele ou fujo dele?
(Norma Luísa, Águas da Prata SP)
   
Cara Norma Luiza:
Se eu fosse você proporia algumas alterações
na encenação que vocês dois promovem.
Primeira coisa: tente personificar sempre
uma mulher diferente em cada encenação.
Faça como ele: compre roupas de brechós
e use perucas diferentes pela casa
nas horas que antecedem cada encenação.
Segunda coisa: proponha a ele
fazer a brincadeira fora de casa,
em algum hotel de beira de estrada,
só para ficar mais próximo
do conceito original da brincadeira.
E, por último, se você estiver realmente
sem saco para prosseguir com essa brincadeira,
proponha a ele inverter os papeis:
ele passa a ser a vítima (mulher)
e você passa a ser a "Sra. Bates".
Detalhe: venha usando um "dildo belt" debaixo da saia
e coma o cu dele depois da carnificina no chuveiro.
Acredite: as chances dele querer voltar
a brincar disso serão pequenas.
Agora, se ele quiser brincar de novo,
e de novo, e de novo, e de novo,
aí, querida, fudeu de vez, nada mais a dizer.
Bom teatrinho, boas fudelanças e boa sorte, querida!



Caro Dr. Love:
Tenho 57 anos e fui criado numa fazenda de gado em Minas Gerais -- mas nunca quis ser cowboy e acho um saco esse negócio de ficar passeando com novilhos daqui prá lá e de lá pra cá. Na verdade, meu real interesse na fazenda sempre foi outro, bem diferente: criação de gado leiteiro e produção de queijos caseiros, uma arte que minha família cultiva há algumas gerações, e que eu aprimorei ainda mais estudando o assunto em várias regiões produtoras de queijo pela Europa. Modéstia à parte, nossos queijos são muito apreciados em nossa região, e só não vão muito além da fronteira do Estado porque além de nossa produção ser relativamente pequena, não pretendemos aumentá-la, apenas torná-la mais e mais sofisticada e diferenciada. Como alguns queijos caseiros europeus possuem receitas impublicáveis -- a saúde pública caçaria as licenças dos fabricantes se as conhecessem --, muitas experiências não podem ser divulgadas. Mesmo assim vou divulgar a minha favorita, que pratico uma vez a cada mês. Primeiro encho uma banheira com 30 litros de leite integral puríssimo num ambiente climatizado entre 15º e 17º Celsius e deixo curtir por uma semana, até coalhar bem. Ao longo dessa semana, todos os finais da tarde, trago uma "moça dada" escolhida nas proximidades da fazenda, e previamente examinada por um ginecologista e por um dermatologista de minha total confiança. Peço que ela fique nua, entre nesta banheira climatizada e se banhe ao leite por 15 minutos, deixando que o suor de um dia inteiro de trabalho se misture ao líquido branco. Detalhe: a moça não pode usar talco de espécie alguma e nem desodorantes perfumados ao longo desta semana -- e muito menos cremes, shampoos e sabonetes, somente água corrente nos banhos de chuveiro. Ao final dos 15 minutos de banho, eu peço que ela permaneca sentada à borda da banheira e se masturbe diante de mim. Ao gozar, peço que ela mergulhe seu corpo novamente na banheira por 3 minutos, massageando intensamente sua bucetinha, para que os líquidos de seu corpo se misturem ao leite. Depois de encerrado o processo, peço que ela saia e se deite toda molhadinha de leite numa casa king-size com um colchão de água que fica no quarto bem ao lado, onde eu a lambo inteirinha e a como de todas as maneiras possíveis por duas ou três horas, até não aguentar mais. Imagino que você, Dr. Love, deva estar se perguntando neste momento o que pode haver de errado nisso tudo que acabo de relatar. Pois bem: o problema é que só consigo ficar de pau duro com "mulheres ao leite". Mulheres "à sec" não despertam absolutamente nada em mim. Como eu resolvo isso?
(Milky Wacko, Ituiutaba MG) 


Caro Milky Wacko:
Não há absolutamente nada de errado com você.
Cada um de nós reage a estímulos sexuais diferentes.
Padrões de normalidade são mais padrões sociais
do que qualquer outra coisa.
Continue assim que você vai muito bem.
E se quiser me chamar para gravar o making-of
dessas suas experiências com queijos,
é só ligar que eu vou correndo
com minha camerazinha broadcast em mãos.
Bons queijos, ótimas fudelanças e boa sorte!


Caro Dr. Love:
Sou hoje um empresário rico e bem sucedido, e possuo uma rede de call centers em Diadema. Mas meus pais eram muito pobres, e eu cresci em meio a muitas privações. Nunca me casei, sempre me relacionei apenas com putas -- sou absolutamente encantado por elas --, e moro numa casa enorme em Riacho Grande à beira da represa, com geladeiras sempre muito bem abastecidas em todos os 6 cômodos, e também nas salas, na lavanderia, na garagem de barcos, na garagem de carros e na cozinha externa que fica bem ao lado da churrasqueira. Adoro promover churrascos, é a única comida que sei fazer direito. Adoro também encher a casa de "primas" -- nome carinhoso que dou às putinhas que mantenho em minha folha de pagamento -- nesses churrascos. E amo passar os finais de semana me entupindo de carne e fudendo sem descanso nelas todas -- além, é claro, de vê-las fazer tesourinhas e outras "brincadeiras de meninas", sempre ao vivo e a cores, diante desses olhos que a terra há de comer. Durante muitos anos, por conta de algum trauma por ter passado fome em alguns períodos da minha infância e adolescência, só conseguia foder nas "primas" se tivesse algum tipo de contato visual com comida. Foi quando descobri que morria de tesão por mulheres de quatro diante de geladeiras com portas abertas, e imediatamente comecei a instalar geladeiras em todos os ambientes da casa -- afinal, de nada adianta ter uma casa grande como a que eu tenho sem que se possa fuder em todos os ambientes dela. Mas com o passar do tempo, o contato visual com comida passou a não ser mais suficiente, e precisei também de cheiro de comida pela casa para conseguir sentir tesão para seguir fudendo sem parar nas "primas". Mais recentemente, não mais satisfeito com tudo isso, passei a contatar amigos proprietários de restaurantes e proprietários de mercados amigos meus para promover surubas em suas instalações durante as madrugadas, com um time de catering de minha confiança operando as cozinhas (no caso dos restaurantes) e as padarias e confeitarias (no caso dos mercados). O problema é que, além da brincadeira começar a ficar muito cara, sei que nenhuma dessas iniciativas vai conseguir me satisfazer por muito tempo, e logo eu terei que correr atrás de uma empreitada ainda mais grandiosa, e cara. Morro de medo que essa obsessão acabe com o meu dinheiro e eu volte a ser pobre. Como eu faço para descomplicar o meu prazer, Dr. Love?
(Xavier Hollander, São Bernardo do Campo SP)

Caro Xavier:
Pare de sair com putas por uns tempos,
desligue esse monte de geladeiras
e interne-se num spa bem rígido.
Depois de uma pequena temporada por lá,
pagando caro para sentir fome o dia inteiro,
e sem nenhuma bucetinha por perto,
você vai acabar descobrindo que
o que realmente move o prazer
é algo muito menos complicado
do que esses elementos com os quais
você vem lidando cotidianamente.
Experimente se aborrecer saindo com "mulheres honestas",
do tipo que só vai para a cama lá pelo 4° encontro,
só para variar um pouco.
Obviamente não vai dar certo.
Então, contrate "primas" que saibam se comportar
como namoradas chatinhas num final de semana.
Você vai morrer de tédio, claro,
mas ao menos vai ser algo diferente,
e o sexo vai ser muito bom,
até porque as "primas" não sabem foder mal
como as mulheres comuns.
Só não caia na besteira de procurar
um psicólogo ou um psicanalista.
Lembre-se: as "primas" são as melhores terapeutas.
São mulheres que aprenderam a ser fortes
para conseguir lidar profissionalmente
com algo tão complicado quanto sexo.
Guardadas as devidas proporções,
elas tiveram que aprender a lidar
com o mesmo problema que aflige você.
Tente absorver tudo o que puder
do que elas têm a lhe ensinar.
Garanto que vai sair mais barato
e que será infinitamente mais divertido
do que ficar deitado num divã
falando sem parar para um careca barbado
que não vai dar a mínima para o que você está falando
e ainda vai cobrar de você por uma hora
o mesmo que uma puta maravilhosa cobra
por duas ou três horas de dedicação intensa.
Pense nisso com carinho.
Quanto às festas, não pare com elas.
Chame uns amigos para ajudá-lo com a maionese
e com o vinagrete dos churrascos,
além, claro, do "serviço sujo" com as "primas".
Eu, desde já, me candidato a ajudá-lo nisso.
(segue meu telefone inbox)
Só não esqueça de estipular orçamentos
um pouco menos flexíveis para as festas,
para não se descapitalizar demais
e não perder o controle sobre as finanças.
Lembre-se da regra de ouro da nossa vida adulta:
No Money, No Pussy...
Bon appetit, ótimas fudelanças e boa sorte!








Odorico Azeitona vem escrevendo
sobre putaria e sacanagem
para LEVA UM CASAQUINHO
desde o início de 2014.
Expert gabaritadíssimo nesses assuntos,
decidimos convidá-lo para assinar
uma coluna de aconselhamento sexual
para nossos leitores mais atrapalhados.
Odorico não só adorou a ideia
como rapidamente se transformou
no conselheiro sexual menos ortodoxo
do lado de cá do Equador:
DOCTOR LOVE.



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