Thursday, March 31, 2016

QUE TAL SUBIR A SERRA NO FIM DE SEMANA? AQUI, 6 PROGRAMAS SEM CONTRA-INDICAÇÕES




CHET BAKER, APENAS UM SOPRO
(Centro Cultural Banco do Brasil)
Ingressos AQUI
Paulo Miklos estreia no teatro como o trompetista de cool jazz Chet Baker num texto de Sérgio Roveri que ganha sustentação na presença do roqueiro dos Titãs, que, assim como seu personagem, viveu a barra pesada da dependência química, e aqui aproveita para purgar seu passado junkie. Claro que essa estranha simbiose entre ator e personagem é humaniza o ídolo retratado de forma tão frágil e facilita o espelhamento junto à plateia. A trama faz um recorte ficcional em torno da biografia de Chet Baker (1929-1988). No fim da década de 60, o jazzista foi agredido nas ruas de São Francisco e ficou impedido de tocar. Depois de três anos, ele volta aos estúdios para gravar um disco e encontra um clima pouco amistoso entre os integrantes de sua banda (representados pelos atores-músicos Anna Toledo, Jonathas Joba, Piero Damiani e Ladislau Kardos) que vão acompanhá-lo. A direção, excelente, é do ousado José Roberto Jardim.
UM BONDE CHAMADO DESEJO
(TucArena)
Ingressos AQUI
Maria Luisa Mendonça está fantástica como Blanche Dubois: a professora enigmática, falida e em estado de permanente delírio que é obrigada a morar de favor na casa da irmã, Stella (Virginia Buckowski), onde trava uma batalha repleta de tensão sexual com o cunhado, Stanley Kowalsky (Edu Moscovis), que decide investigar o passado renegado por ela. Apesar da trilha sonora atemporal nem sempre adequada aos propósitos originais da peça, pode-se dizer que esta é uma releitura bastante criativa e eficaz da peça. Se você só viu "Um Bonde Chamado Desejo" encenada em teleteatros ou no clássico filme de Elia Kazan com Vivian Leigh e Marlon Brando, prepare-se para uma experiência no mínimo interessante. No elenco: Fabrício Licursi, Fernanda Castello Branco e Matheus Martins.

BRAZILJAZZFEST
1 e 2 de Abril
Auditório Ibirapuera
Ingressos Esgotados nas bilheterias
Aqui está uma boa oportunidade para presenciar novas vertentes do jazz. A grande atração é o encontro de dois monstros sagrados do gênero: o pianista Herbie Hancock e o saxofonista Wayne Shorter - cuja apresentação em São Paulo aconteceu ontem –, que dispensa comentários de minha parte. Vão rolar também apresentações bastante instigantes, como a do quinteto instrumental americano Kneebody junto com o produtor Daedelus e sua estranha mistura de jazz e sons eletrônicos; teremos também o som deslumbrante do tunisiano Anouar Brahem, um especialista em tirar belos sons de seu alaúde, que vem com seu quarteto, e também o excelente baterista mexicano Antonio Sanchez com o seu grupo Migration. Isto sem contar o bandolinista Hamilton de Holanda, que irá fazer um show especial com sua antiga banda, o quinteto Brasilianos. Se não conseguiu ingressos, torça para que os cambistas tomados por um espírito da páscoa tardio. Tudo é possível...
LÔ BORGES
(SESC Santo Amaro)
1 de Abril - 21hs
Ingressos AQUI
O mineiro da gema Lô Borges é responsável por uma das obras musicais mais notáveis do pop brasileiro moderno, além de ser um dos artistas mais inclassificáveis da música brasileira. Membro fundador do Clube da Esquina, Lô tem tido seus discos originais reavaliados e revalorizados nos últimos anos. Nesse show, ele passa a limpo seu repertório clássico numa roupagem bem acústica, ao lado do guitarrista Henrique Matheus. Prepare-se para emoções fortes e intensas.
BETO GUEDES
1 de Abril
(Teatro J Safra)
Ingressos
Curiosamente, enquanto Lô Borges estiver se apresentando no SESC Santo Amaro, seu ex-parceiro e velho amigo Beto Guedes estará no Teatro J Safra, não muito longe dalí. Embora Beto esteja longe de ser um dos intérpretes mais afinados da música brasileira, seu repertório é nada menos que espetacular. Daí, prepare-se para ouvir clássicos como “Feira Moderna”, “Sol de Primavera”, “O Sal da Terra” e torça para que ele esteja numa noite boa, pois seus shows são meio bipolares: podem tanto ser sensacionais quanto meio desconexos.
FELLINI
2 de Fevereiro
(SESC Belenzinho)
Ingressos AQUI
Uma das bandas mais cerebrais e divertidas do início dos anos 80, o Fellini não está exatamente de volta. Todos os seus integrantes vivem de atividades não-musicais. Mas de tempos em tempos eles se reunem para shows esporádicos, onde tocam seus álbuns na íntegra. Agora é a vez de mostrar "Amor Louco", de 1990, provavelmente o disco mais que eles já gravaram. Daí, o jeito é torcer para que tudo continue divertido como era nos Anos 80. Mas o Fellini é bacana e vale o risco.

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