Friday, August 25, 2017

A LINDA E ADORÁVEL AMY ADAMS COMPLETA 43 ANOS E NÓS AQUI COMEMORAMOS

por Chico Marques


Pouca gente sabe, mas nossa aniversariante ruivinha americaníssima aniversariante desta semana não nasceu em Iowa ou em Nebraska, e sim em Vicenza, na Itália.

Filha de pais atores que trabalhavam constatemente pela Europa, Amy Lee Adams  começou sua carreira bem jovem como atriz de teatro em Nova York.

Estreou no cinema tardiamente, aos 25 anos de idade -- e estreou muito bem, na deliciosa comédia de humor negro "Drop Dead Gorgeous" (1999).

Na medida em que sempre pareceu ser pelo menos 10 anos mais jovem do que realmente é, Amy não encontrou dificuldades em escalação em filmes juvenis.

Prova disso é que o primeiro papel com maior visibilidade que ganhou foi o da adolescente Brenda Strong, em "Prenda-Me Se for Capaz" (2002), de Steven Spielberg, fazendo par romântico com Leonardo DiCaprio.

Detalhe: Amy já tinha 25 anos quando o filme foi rodado, e ninguém sequer desconfiou disso.



Após inúmeras pequenas participações em séries de televisão e filmes independentes, Amy Adams ganhou seu primeiro papel de grande destaque em 2005, na comédia dramática "Retratos de Família", interpretando Ashley Johnsten, pelo qual recebeu aclamação da crítica e sua primeira nomeação para o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante.


Sua carreira começou a tornar-se mais viável a partir de 2007, quando aceitou fazer "Encantada" para os Estúdios Disney, recebendo sua primeira indicação ao Globo de Ouro de Melhor Atriz em Comédia ou Musical por sua atuação como a princesa Giselle.



Desde então, Amy Adams vem trafegando com tranquilidade por papéis cômicos, papéis dramáticos, papéis românticos e até papéis em musicais, revelando-se uma cantora bastante interessante.

Sem contar que vem colecionando prêmios por suas performances em filmes como "Doubt" (com Phillip Seymour Hoffman e Meryl Streep), "Julie & Julia" (novamente com Meryl Streep) e "The Fighter" (com Mark Wahlberg & Christian Bale) -- mas principalmente por seu desempenho como a vigarista Sydney Prosser na comédia policial "American Hustle", de David O Russell, e por sua personificação da pintora Margaret Keane na cinebiografia "Big Eyes", de Tim Burton.




Amy Adams parece ter finalmente chegado onde queria em sua carreira no cinema. 

Escolhe seus papéis com muito cuidado, sempre privilegiando aqueles que implicam em novos desafios para ela como atriz, e produções independentes que possam crescer comercialmente com seu nome nos créditos.

Seu maior sucesso comercial até agora veio, curiosamente, de sua personificação como a jornalista Lois Lane no recentes filmes de Henry Cavill como Superman.

Este foi certamente o papel que menos exigiu dela como atriz até agora, mas também foi o mais rentável: esses filmes da DC arrecadaram juntos mais de 1 bilhão mundialmente, e garantiram a ela absoluta tranquilidade e estabilidade financeiras.



Amy Adams completou 43 anos de idade no último dia 20 de Agosto.

Está envelhecendo graciosamente, e com uma elegância a toda prova.

Nós aqui celebramos a data escolhendo e indicando seus 5 melhores filmes.

Em comum entre eles, o fato de estarem disponíveis nas estantes da Paradiso Videolocadora.





ANIMAIS NOTURNOS
(Nocturnal Animals, 2016, 117 minutos, direção: Tom Ford)

Susan (Amy Adams) é uma negociante de arte que se sente cada vez mais isolada do parceiro (Armie Hammer). Um dia, ela recebe um manuscrito de autoria de Edward (Jake Gylenhaal), seu primeiro marido. O livro acompanha o personagem Tony Hastings, um homem que leva sua esposa (Isla Fisher) e filha (Ellie Bamber) para tirar férias, mas o passeio toma um rumo violento ao cruzar o caminho de uma gangue. Durante a tensa leitura, Susan pensa sobre as razões de ter recebido o texto, descobre verdades dolorosas sobre si mesma e relembra traumas de seu relacionamento fracassado. A personagem de Amy Adams em "Animais Noturnos" é contida, com poucos diálogos, silêncios prolongados e nuances interessantíssimas. Passa a maior parte do filme agonizando em suas próprias decisões do passado, e tudo o que acontece à sua volta é transpassado por seus olhares de uma maneira extremamente bem idealizada pelo diretor Ford. Um trabalho interessantíssimo.

O MESTRE
(The Master, 2012, 137 minutos, dir.: Paul Thomas Anderson)

Ao término da Segunda Guerra Mundial, o marinheiro Freddie Quell (Joaquin Phoenix) tenta reconstruir sua vida. Traumatizado pelas experiências em combate, ele sofre com ataques de ansiedade e violência, e não consegue controlar seus impulsos sexuais. Um dia, ao acaso, ele conhece Lancaster Dodd (Phillip Seymour Hoffman), uma figura carismática e líder de uma organização religiosa conhecida como A Causa. Reticente no início, ele se envolve cada vez mais com este homem e com suas ideias, centradas na ideia de vidas passadas, cura espiritual e controle de si mesmo. Freddie torna-se cada vez mais dependente deste estilo de vida e das ideias de seu Mestre, a ponto de não conseguir mais se dissociar do grupo. Convenhamos: Amy tem o dom de pegar papéis medianos e transformá-los em algo especial, mas aqui ela se supera neste quesito. Recebeu merecidamente indicações ao Oscar, ao Globo de Ouro, ao BAFTA e ao Critic Choice Awards na categoria de atriz coadjuvante, além de vencer prêmios da crítica de Chicago e de Los Angeles.

A CHEGADA
(Arrival, 2016, 116 minutos, dir.: Denis Villeneuve)

Quando seres interplanetários deixam marcas na Terra, a Dra. Louise Banks (Amy Adams), uma linguista especialista no assunto, é procurada por militares para traduzir os sinais e desvendar se os alienígenas representam uma ameaça ou não. No entanto, a resposta para todas as perguntas e mistérios pode ameaçar a vida de Louise e a existência de toda a humanidade. Em um dos melhores filmes desta década, Amy Adams abraça uma personagem difícil e extremamente contida, e a faz brilhar através de um impressionante trabalho com expressões faciais e corporais. Foi merecidamente indicada ao Globo de Ouro, ao BAFTA, ao Critic Choice e ao SAG Awards, todos na categoria de melhor atriz, além de vencer os prêmios da crítica de Indiana, Oklahoma e o National Board of Review.
TRAPAÇA
(American Hustle, 2014, 138 minutos, dir.: David O Russell)


Irving Rosenfeld (Christian Bale) é um grande trapaceiro, que trabalha junto da sócia e amante Sydney Prosser (Amy Adams). Os dois são forçados a colaborar com um agente do FBI (Bradley Cooper), infiltrando o perigoso e sedutor mundo da máfia. Ao mesmo tempo, o trio se envolve na política do país, através do candidato Carmine Polito (Jeremy Renner). Os planos parecem dar certo, até a esposa de Irving, Rosalyn (Jennifer Lawrence), aparecer e mudar as regras do jogo. O quarteto principal (Christian Bale, Amy Adams, Jennifer Lawrence e Bradley Cooper) está fabuloso, mas não está sozinho. Coadjuvantes como Jeremy Renner, Louis C.K. e o próprio De Niro se saem muitíssimo bem. É interessante notar que os quatro protagonistas já haviam trabalhado com O. Russell, mas surgem em papéis completamente diferentes dos realizados anteriormente. Neste sentido, cabe destacar Amy Adams no elenco. Ela interpreta uma trapaceira de bom coração que faz tudo o que faz por amor. Com isso, entrega uma ótima performance, com um sotaque delicioso, carga dramática na medida certa e uma atitude sexy que poucos imaginavam que ela fosse capaz de encampar. Foi indicada ao Oscar, ao BAFTA, além de ter vencido o Globo de Ouro de melhor atriz em comédia e o Critic Choice Awards na mesma categoria.
RETRATOS DE FAMÍLIA
(Junebug, 2006, 102 minutos, dir.:Phil Morrison)

A região sul dos Estados Unidos e o jeito simples de seus habitantes sempre encantaram a sofisticada marchand Madeleine (Embeth Davidtz). Recentemente ela se casou com George (Alessandro Nivola), nativo de uma cidade provinciana do sul. Quando ela tem que visitar um pintor que mora perto da cidade natal do marido, o casal decide aproveitar a oportunidade para apresentar Madeleine à família dele. De repente Madeleine se vê no meio de estranhos desconfiados que não pretendem recebê-la como membro da família. Com a única exceção de Ashley (Amy Adams), esposa do irmão mais novo de George, que se encanta com Madeleine e decide tratá-la como sua mais nova amiga de infância. Provavelmente a melhor performance da Amy, num filme pouco visto e que merece ser redescoberto. Venceu o Independent Spirit Awards e o Critic Choice Awards de melhor atriz coadjuvante, e também foi indicada ao SAG Awards e ao Oscar por sua performance.






No comments:

Post a Comment