Friday, August 4, 2017

MARY-LOUISE PARKER COMPLETA 53 ANINHOS E NÓS SOPRAMOS AS VELINHAS COM LOUVOR

por Chico Marques


Mary-Louise Parker é um dos rostos mais marcantes e expressivos do cinema americano nos últimos 30 anos. 

Sua leveza "south-carolinan" é absolutamente arrebatadora. 

Revelou-se uma atriz intensa e com personalidade forte logo em seus primeiros trabalhos no cinema, e isso contrastava de forma curiosa com sua aparente, mas enganadora, leveza existencial.



O mundo tomou conhecimento da existência de Mary-Louise Parker em "Tomates Verdes Fritos", filme independente dirigido por Jon Avnet de grande sucesso que a projetou internacionalmente em 1991.

No filme, ela interpreta Ruth, uma mulher que é maltrada e agredida constantemente por seu marido, até que um dia, movida por uma amizade misturada com atração fisíca por sua amiga Igdie (Mary Stuart Masterson), decide tomar providências extremamente drásticas contra seu marido.

O filme ganhou o Golden Globe de melhor Filme Cômico de 1991 e o Oscar de melhor Roteiro, além de pencas de prêmios para as protagonistas Kathy Bates e Jessica tandy.

Talvez por conta disso, a carreira de sucesso no cinema que, imaginava-se, viria a seguir tanto para Mary-Louise Parker quanto para Mary Stuart Masterson, simplesmente não veio. 


Mary-Louise permaneceu confinada a papéis secundários por cerca de treze anos.

Já estava ficando incomodada com o fato de estar amadurecendo e ainda não ter emplacado uma carreira de sucesso no cinema, até que recebeu a proposta do Canal Showtime para protagonizar uma série muito incomum, mas também muito interessante: "Weeds".

Ela aceitou no ato, e então surgiu Nancy Botwin, uma jovem viúva suburbana do Sul da California, que, para sustentar seus filhos e manter o padrão de vida que tinha quando seu marido era vivo, decide começar a plantar maconha em casa para vender, até virar uma fornecedora de relevo no submundo.

"Weeds", como todos sabem, acabou virando um sucesso estrondoso, permanecendo em produção por oito temporadas e levando Mary-Louise Parker finalmente ao estrelato.



Aos 53 anos de idade, completados no último dia 2 de Agosto, Mary-Louise Parker continua lindíssima como Naomi Highland, a ex-mulher do implacável Raymond Reddington (James Spader) no seriado "The Blacklist". 

Como faz parte do elenco fixo da rentável série de filmes "Red", ao lado no namorado Bruce Willis, ela agora se dá ao luxo de escolher projetos independentes e trabalhar apenas quando lhe oferecem um bom papel em algum projeto que lhe agrade em termos artísticos.  



Selecionamos para hoje cinco filmes menos conhecidos com Mary-Louise Parker em seus elencos.

Em comum entre eles, apenas o fato de estarem disponíveis para locação nas estantes da Paradiso Videolocadora.




GRAND CANYON 
(Grand Canyon, 1991, 134 minutos, direção Lawrence Kasdan)

Uma profunda amizade entre dois homens de classes sociais muito distintas, surge quando o motorista de um guincho (Danny Glover) chega bem a tempo de salvar a vida de um advogado (Kevin Kline) de um grupo de assaltantes. Dessa união, as vidas dos dois, e tudo o que acontece ao redor deles, começa a mudar drasticamente, sem que eles consigam entender ao certo o que está acontecendo. Mary-Louise faz a bela amante do personagem de Kline, que está com seu casamento em crise. O filme de Mr. Kasdan mostra o Grand Canyon como uma metáfora para os abismos que a própria sociedade cria para nossas vidas, limitando nossas experiências e nossas relações. Mas também revela através do Grand Canyon toda a beleza que existe quando conseguimos enxergar através desses abismos sociais e existenciais, e desfrutar disso. Lembra um pouco "The Big Chill", grande sucesso de Kasdan no início dos Anos 80. Mas é melhor. E vai muito mais fundo.
NU EM NOVA YORK
(Naked In New York, 1994, 93 minutos, direção Dan Algrant)

Os pais de Jake Briggs (Eric Stoltz) se separaram no dia do grande blecaute de Nova York, em 1965. Ele foi criado pela mãe, sob o peso da ausência do pai. Jake cresce, começa a escrever peças e coloca sua história pessoal no palco, produzindo dramas tipicamente edipianos. Ao lado de Joanne White (Mary-Louise Parker), sua colega de escola e depois namorada, aprimora seu trabalho. Jake e Joanne passam a morar juntos, em Boston. Ele sonha com a montagem de uma peça em Nova York, enquanto ela quer se aprimorar como fotógrafa. A partir do momento em que Joanne vai trabalhar numa galeria de arte, o que era harmonia se transforma em conflito. Seu patrão, Elliot Price (Timothy Dalton), mostra interesse por ela, para desconforto de Jake. Tudo piora quando ele segue para Nova York, para acompanhar a estréia de sua primeira peça. O amor de Jake e Joanne conseguirá superar a distância?
ROMANCE E CIGARROS
(Romance and Cigarettes, 2005, 115 minutos, direção John Turturro)

Os irmãos Coen e o escritor-diretor John Turturro apresentam este musical único e super moderno. Repleto de diálogos picantes, imprevisíveis cenários e um elenco renomado, Romance e Cigarros é diferente de tudo que você já viu! Quando Kitty (Susan Sarandon) descobre que Nick (James Gandolfini) está tendo um caso com a super sedutora Tula (Kate Winslet), a movimentada relação deles se torna ainda mais agitada. Nick se vê tendo que encarar a revolta das suas próprias filhas (Mary-Louise Parker, Mandy Moore e Aida Turturro) enquanto Kitty convoca o seu primo Bo (Christopher Walken) para seguir os passos de Tula. Triste e ao mesmo tempo cômica, esta história lida com amor, ódio, vida e morte. O filme conta ainda com os ecléticos clássicos de Bruce Springsteen, James Brown, Dusty Springfield e muitos outros.
O ASSASSINATO DE JESSE JAMES
 PELO COVARDE ROBERT FORD 
(The Assassination Of Jesse James
 For The Coward Robert Ford, 2008, 160 minutos, direção Andrew Dominik)

Carismático e imprevisível, Jesse James (Brad Pitt) foi o mais notório fora-da-lei da América. Ele planejava mais um de seus grandes assaltos quando soube que seus inimigos, ávidos por glória e fortuna, haviam se lançado numa corrida em sua captura. James declara guerra a todos eles. No entanto não poderia imaginar que a maior ameaça à sua vida viria de um dos homens em que mais confiava. Um western extremamente climático, diferente de qualquer outro já realizado em Hollywood, e um verdadeiro "tour de force" artístico. Com Casey Affleck, Mary-Louise Parker e Sam Shepard.
O AMOR ENTROU PELO CANO
(Pipe Dream, 2002, 100 minutos, direção John Walsh)

Não se assuste com o patético título em português. "Pipe Dream" é uma comédia romântica inteligente e adorável, que não chegou aos cinemas brasileiros e que passou despercebida em seu lançamento em home-video justamente por ter sido empurrada goela abaixo dos fãs de comédias românticas convencionais, que não gostaram do que viram... enfim, coisas do mercado de home-vídeo brasileiro. O filme parte de uma premissa muito interessante: num bar, o encanador David conhece a escritora Toni. Ela o esnoba, por achar sua profissão desinteressante. Com seu orgulho ferido, David invade o apartamento dela, rouba o roteiro de um filme que ela está escrevendo. Não muito tempo depois, ele ressurge em pleno set de filmagens, cercado de atores famosos, para rodar o filme que havia sido escrito por ela. É muito mais divertido do que aparenta à primeira vista. Vale a pena.



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