Tuesday, August 29, 2017

CALLING DOCTOR LOVE: HIGIENE SENTIMENTAL PARA UMA VIDA SEXUAL SAUDÁVEL E SUPIMPA (#46)



Caro Dr. Love:
Conheci uma moça muito bem apessoada numa lavanderia recentemente, com quem tenho em comum o mesmo hábito curioso de aguardar nua enquanto a lavadora lava todas as minhas roupas, inclusive as que estou usando. Pois não é que estávamos nós duas nuas na lavanderia um dia desses quando descobrimos ser ambas capricornianas, capixabas e torcedoras do Vasco da Gama? Desde então, não desgrudamos mais uma da outra. Uma noite ela vem para meu apartamento, na outra noite eu vou para o apartamento dela, e nos finais de semana descemos a Serra para a casa de parentes meus em Itanhaém ou para a casa de parentes dela em Boracéia. Morro de medo que, de uma hora para outra, essa magia que existe entre nós duas se dissipe e nunca mais consigamos olhar na cara uma da outra. O que eu faço para que esse relacionamento tão intenso como o nosso azede de uma hora para outra, Dr. Love?
(Laundromat Babe 1, Niterói RJ)
   
Cara Laundromat Babe 1:
Meu conselho é NÃO FORCE A BARRA.
Já deu para sentir pelo tom do seu texto
que você é uma pessoa ansiosa e sem medida.
Tente impor para si mesma uma certa disciplina
para não sufocar a pessoa que está ao seu lado.
Ela pode achar tudo lindo e maravilhoso neste momento,
no calor da paixão, mas isso muda de uma hora para outra
e a gente só percebe quando já colocou tudo a perder.
Preserve sua relação dos exageros, e divirta-se.
Bom romance, boas tesourinhas e boa sorte!



Caro Dr. Love:
Sou empresário de vários grupos de axé music que ninguém mais quer contratar. Por conta disso, a maioria das dançarinas desses grupos continuam sendo agenciadas por mim, mas acabaram virando garotas de programa e hoje vivem de glórias passadas. De vez em quando, reúno algumas dessas meninas para um churrasco com bundalelê em minha casa em Pedro de Toledo, e quando a noite cai o bicho pega bem gostoso, se é que você me entende. O problema é que duas de minhas contratadas se apaixonaram por mim de uns tempos para cá e agora estão se estranhando, não querem mais trabalhar juntas, e isso está tornando tanto o nosso convívio íntimo quanto nosso convívio profissional num inferno. Eu não quero ter que dispensar nenhuma das duas, sou fã dos talentos de cada uma das duas, se é que você me entende. O que eu faço para que elas deixem de lado essa palhaçada toda e se desapaixonem por mim para que eu possa voltar a trepar com elas de forma leve, saudável e descompromissada, Dr. Love?
(Compadre Waddington, Colubandê RJ) 


Caro Compadre Waddington:
Vou lhe recomendar um livro.
O nome dele é "Memórias de um Cafetão".
O autor é um certo Odorico Azeitona,
de quem você talvez já tenha ouvido falar.
Por uma estranha coincidência,
tenho alguns exemplares aqui em casa
e posso vender um deles a você
pela módica quantia de 80 reais.
Se interessar, você sabe como me contactar.
Desejo a você desde já uma boa leitura
e muita paz em sua vizinhança.
Você merece.
Boa Sorte!


Caro Dr. Love:
Comprei no Cairo duas escravas brancas maravilhosas que conheci passeando nu de camelo por lá. Gostaria de poder trazê-las para o Brasil, pois estou completamente encantado pelas duas, mas ainda não sei como fazer isso. Procurei um advogado na esperança de que pudesse facilitar o trâmite, e ele me desencorajou a seguir adiante com essa ideia maluca, alegando que arrumaria com isso "muita sarna para me coçar", nas palavras dele. Mas estou obsecado com a ideia de trazê-las e, se for o caso, acho um jeito de contrabandeá-las, se essa for a única saída. O que eu faço, Dr Love?
(Tutankamon Jones, Mogi das Cruzes, SP)

Caro Tutankamon Jones:
Quer um conselho?
As meninas são lindas, gostosíssimas, etc e tal,
mas ouça seu advogado, pois ele sabe bem o que está falando.
É mais fácil, e também muito mais em conta,
mantê-las no Cairo e visitá-las de 2 em 2 semanas.
Pelas leis brasileiras, manter em casa escravas brancas
pode render uma encrenca monumental para você,
além de cadeia para o resto da vida.
Pense bem no que você vai fazer.
Buceta tem aos montes por aí.
Tudo bem que uma bucetinha amaciada
em passeios montada nua num camelo
é algo muito diferenciado e fora
dos padrões daqui.
Mas tente não complicar tanto
algo tão simples fácil de resolver.
Desejo a você bom senso e boa sorte!





Odorico Azeitona vem escrevendo
sobre putaria e sacanagem
para LEVA UM CASAQUINHO
desde o início de 2014.
Expert gabaritadíssimo nesses assuntos,
decidimos convidá-lo para assinar
uma coluna de aconselhamento sexual
para nossos leitores mais atrapalhados.
Odorico não só adorou a ideia
como rapidamente se transformou
no conselheiro sexual menos ortodoxo
do lado de cá do Equador:
DOCTOR LOVE




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