Thursday, August 24, 2017

SAUDAMOS NOSSAS ANIVERSARIANTES VINTAGE DESTA SEMANA (18 a 24 de Agosto)

textos por Chico Marques



MADELEINE STOWE
August 18, 1958
Eagle Rock, Cal

Quem é mais jovem conhece Madeleine Stowe apenas como Victoria Grayson, a milionária WASP malvada de East Hampton da série dramática para a TV aberta "Revenge", exibida com enorme sucesso de publico ao longo de 4 temporadas na ABC-TV nos Estados Unidos e na TV Globo aqui no Brasil. Mas quem já tem mais quilometragem de vida lembra bem dela lindíssima em papeis secundários em filmes de 20 a 30 anos atrás, como "Tocaia" (com Richard Dreyfuss), "Vingança" (com Kevin Costner), "China Moon" (com Ed Harris), "Blink (com Aidan Quinn) e "Obsessão Fatal" (com Kurt Russell). Seu primeiro papel como protagonista foi justamente o que mais a marcou: "O Último dos Moicanos" (1992), belíssimo filme de Michael Mann onde contracenou com Daniel Day Lewis. Estranhamente, o momento dela como protagonista foi meio efêmero, e em meados dos Anos 90 ela já estava de volta aos papéis secundários. Mas a TV, felizmente, não a esqueceu. Voltou à telinha com um papel fixo na série policial "Raines" em 2007, e então deu vida a Victoria Grayson em "Revenge" entre 2011 e 2015, papel que a marcou em definitivo, e que lhe rendeu uma infinidade de prêmios de melhor atriz pelo mundo afora.

CURIOSIDADES

Madeleine Stowe é formada em Artes Cênicas pela UCLA e pelo Beverly Hills Solaris Theatre, e começou sua carreira em meados dos Anos 70 se alternando entre o teatro e pequenos papéis em séries de TV como "Baretta", "Barnaby Jones" e "O Homem-Aranha".

Em 1993, brilhou ao lado de Mary Stuart Masterson, Andie MacDowell e Drew Barrymore no delicioso western "Bad Girls", de Jonathan Kaplan, e conseguiu um destaque bem especial em meio ao elenco gigantesco de Short Cuts", obra-prima do monumental diretor Robert Altman.

Em 1995, ela voltou às suas raízes dramáticas no filme pós-apocalíptico "Os Doze Macacos", interpretando uma psiquiatra simpática ao lado de Bruce Willis e Brad Pitt, e fechou a década com um papel de protagonista ao lado de John Travolta em "A Filha do General" (1999), onde ela interpreta uma subtenente que investiga a misteriosa morte da filha de um político ambicioso americano.

CAROLE BOUQUET
August 18, 1957
Paris, France

Carole Bouquet é, sem sombra de dúvidas, uma das mulheres mais bonitas do Planeta Terra. Dona de uma beleza clássica e de uma delicadeza inebriante nos traços de seu rosto, ela sempre foi muito requisitada como modelo. E sempre achou um jeito de conciliar seu trabalho como modelo com sua carreira como atriz. Estreou no cinema aos 20 anos de idade já como protagonista em Esse Obscuro Objeto de Desejo (1977), filme derradeiro do grande Luís Buñuel. Nele, para estranhamento geral, ela dividia o mesmo personagem com Angela Molina. Resultado: sua beleza exuberante e seu talento como atriz hipnotizaram os fãs da obra do cineasta surrealista espanhol. A partir daí, as portas do cinema francês se abriram para ela. Cinco anos mais tarde, foi convidada para ser bondgirl em For Your Eyes Only, possivelmente o melhor filme da série 007 estrelado por Roger Moore. Dessa vez, graças ao apelo internacional de Mr. Bond, ela conseguiu hipnotizar um público bem mais amplo, e as portas de Hollywood, de repente, se abriram para ela também. Desde então, essa belíssima ex-modelo vem brilhando em filmes produzidos principalmente na França e na Itália, ganhando prêmios importantes como o César e arrebatando corações pelo mundo afora.

CURIOSIDADES

Paralelamente a sua carreira como atriz, Carole Bouquet permaneceu como modelo fotográfico para a Casa Chanel durante os Anos 80 e 90, onde a delicadeza de seus traços caiu como uma luva.

Depois de 3 casamentos que tiveram vida curta, Carole Bouquet viveu com o intempestivo Gerard Depardieu entre 1997 e 2006. Curiosamente, foi seu relacionamento mais longo até agora. No momento, está namorando com Phillipe Sereys de Rothschild, da famosa Vínicola Francesa.





BARBARA EDEN
August 23, 1931
Tucson, Arizona


Barbara Eden cresceu na América abalada pela Grande Depressão da década de 1930, mas isso não a impediu de levar uma infância feliz. Nem um problema ocular que a obrigava a usar óculos fundo-de-garrafa e um tampão no olho conseguiam tirar seu bom humor juvenil contagiante. Sua carreira artística começou na adolescência, sob o incentivo da mãe, que a matriculou em aulas de canto numa Igreja e num curso de teatro. Barbara começou a cantar em night clubs, usando o nome Barbara Huffman, e aos dezessete anos ganhou o concurso Miss San Francisco 1951. Foi o que a animou a mudar com sua mãe e sua irmã mais nova para Los Angeles. Procurou um produtor da Warner Brothers e ouviu dele que não servia para Hollywood, e mudou seu nome para Barbara Eden. Assinou um contrato de 7 anos com a 20th Century Fox e fez papéis secundários em vários filmes, todos muito pouco vistos. Curiosamente, foi notada por suas participações em séries de TV como "Perry Mason", "Bachelor Father" e "How to Marry a Millionaire". Mesmo assim ela priorizava e os pequenos papéis que a Fox lhe oferecia, até em 1961, quando o fiasco de "Cleopatra" quase levou a Fox à falência, muitos atores sob contrato com o estúdio foram demitidos, e Barbara estava na lista. Foi só a partir daí que finalmente caiu a ficha, e ela apostou todas as suas fichas na TV. Ganhou papéis de destaque no "Andy Griffith Show" e no western "Rawhide" (com Clint Eastwood). O estrelato chegou finalmente em 1964, quando a Columbia a convidou para um seriado de TV escrito por Sidney Sheldon, sobre uma gênia e um astronauta, e o resto é história: "Jeannie é um Gênio" estreou em 18 de setembro de 1965 e era vista por mais de vinte milhões de telespectadores nos Estados Unidos toda semana. Apesar da química entre os dois protagonistas, era Barbara o segredo do sucesso do seriado, que durou 5 temporadas e 139 episódios. Acabou quando os produtores decidiram casar Jeannie e o astronauta Tony Nelson (Larry Hagman), dando fim à tensão sexual que havia entre eles, e que era a tônica das maioria das trapalhadas das histórias. Depois de Jeannie, Barbara nunca mais recebeu um papel tão expressivo, mas consolidou sua carreira como cantora, apresentando-se em Las Vegas, com muito sucesso, por anos e anos. Na década de 1980, Barbara participou de telefilmes comemorativos dos 20 anos de "Jeannie" e contracenou novamente com Larry Hagman, que agora era o temido J.R. Ewing no seriado "Dallas", interpretando sua inimiga LeeAnn de La Vega. Apesar de ter lamentado por muitos anos que o sucesso estrondoso da gênia loura da lâmpada a tenha tornado uma espécie de prisioneira dele, Barbara fez as pazes com o legado de "Jeannie" alguns anos atrás. Palavras dela: "Às vezes eu me vejo na tela, e fico surpresa. É como olhar no espelho. Eu não gosto de assistir a mim mesma. Mas eu já consigo assistir 'Jeannie É Um Gênio' e dar algumas risadas. Já passou tempo o suficiente, já não me reconheço mais no espelho, é como se estivesse vendo outra pessoa."


CURIOSIDADES   

Barbara Eden conta que Sidney Sheldon telefonou para ela num belo dia em 1964 e suas primeiras palavras foram "Eu sei que você é a minha gênia", e que este foi o trabalho que conseguiu mais facilmente em toda a sua carreira. Mas por pouco ela não pode aceitar o papel, pois descobriu que estava grávida pouco antes do início das filmagens. Mas Sheldon insistiu nela e convenceu a NBC a contratá-la mesmo assim, criando um figurino para Jeannie que escondia seu umbigão e sua barriga de grávida durante a primeira temporada. Depois que ela deu a luz, o traje de Jeannie foi ficando mais e mais sexy a cada nova temporada.

No Brasil, "Jeannie É Um Gênio" foi exibido em 1966 pela TV Paulista, depois pela TV Excelsior, então pela TV Tupi, e mais adiante foi reprisado incansavelmente pela Record e pela Band. Em 2000, a RedeTV! apresentou a primeira temporada -- originalmente produzida em preto e branco -- colorizada eletronicamente.

Existem muitas semelhanças entre "Jeannie", que era exibido pela NBC, e "A Feiticeira", série cômica rival que ia ao ar pela ABC. As aberturas das duas eram feitas em desenho animado, e seus temas de abertura eram números de jazz bem alegrinhos. Tanto uma série quanto a outra possuíam personagens secundários que enlouqueciam ao presenciar os poderes de Jeannie e Samantha: o psiquiatra Dr. Bellows (Hayden Rorke) e a dona de casa histérica Gladys Kravitz (Alice Pearce no início, depois substituída por Sandra Gould). E ambas tratavam comicamente das dificuldades de adaptação entre mundos diferentes e pessoas diferentes: enquanto Samantha se esforçava para se amoldar ao mundo careta de seu marido Darrin Stephens, Jeannie não media esforços para resolver tudo à sua maneira mágica, deixando o Major Tony Nelson de cabelo em pé a maior parte do tempo. 




SHELLEY LONG
August 23, 1949
Fort Wayne, Indiana


Shelley Long é conhecida mundialmente por personificar a linda e adorável Diane Chambers, que surgiu em 1982 na sitcom "Cheers" (com Ted Danson), onde brilhou nas cinco primeiras temporadas, e retornou em meados dos Anos 80 numa outra sitcom que era um spin-off de "Cheers" com um dos frequentadores do bar: "Frasier" (com Kelsey Grammer). Ganhou vários prêmios por essas duas séries -- em particular, dois Golden Globes e um Emmy. Mas sempre na TV. Shelley bem que tentou, mas infelizmente nunca conseguiu, estabelecer uma carreira sólida no cinema. Seus maiores sucessos como protagonista foram muito modestos:  "Corretores do Amor" (1984, com Henry Winkler e Michael Keaton) e "Um Dia A Casa Cai" (1986, com Tom Hanks), além de "Que Sorte Danada"A (1987, com Bette Midler) e "Está Sobrando Uma Mulher (1987, com Gabriel Byrne). Brilhou em "Dr. T e Suas Mulheres" (2000), um dos filmes derradeiros do notável Robert Altman, como a enfermeira assistente completamente enlouquecida do ginecologista Richard Gere. Mas depois desses filmes, Shelley passou a ser chamada apenas para papéis bem secundários, daí tratou de ensaiar uma volta à TV, onde ainda detinha status de estrela. Em 2009, passou a fazer parte do elenco de excelente série cômica "Modern Family", e tem fugido um pouco do olho público por conta de um hipotiroidismo que a levou a ganhar peso em demasia nos últimos anos, e de seguidos surtos depressivos.


CURIOSIDADES

A saída de Shelley Long da série "Cheers" em 1987 é considerada um dos passos mais mal calculados que um ator ou uma atriz já deram para tentar mudar da TV para o Cinema. A promessa de vingar em Hollywood simplesmente não se cumpriu para ela. E, para piorar, ela não só teve que voltar com o rabo entre as pernas para a TV como ainda precisou retomar seu mesmo velho personagem em uma nova série de TV. Um desastre completo. Mas ela sobreviver, e isso é o que importa.

O pior de tudo na saída de Shelley Long do elenco de "Cheers" em 1987 é que ela foi rapidamente substituída pela então novata -- e linda, sexy e gostosona -- Kirstie Alley, e em pouco mais de um ano poucos ainda associavam a imagem de Shelley Long diretamente à série, que permaneceu em produção até 1993. Para piorar ainda mais a situação, conforme a carreira de Shelley Long entrava em baixa no cinema, a de Kirstie Alley seguia em alta com o sucesso estrondoso da franquia "Olha Quem Está Falando", ao lado de John Travolta e com a voz de Bruce Willis como o bebê que narra os filmes em off.




ANNE ARCHER
August 24, 1947
Los Angeles, California


Anne Archer nasceu em uma família do show business, e seguiu os passos dos pais atores John e Marjorie Archer. Estudou teatro em Claremont College, e estreou no cinema em "The All-American Boy" (1973), ao lado de Jon Voight, mas seu primeiro papel como protagonista foi no premiado "Lifeguard"(1976), onde contracena com Sam Elliott. Ganhou fama por fazer sempre o papel da mulher classuda ao lado de personagens de astros como Michael Douglas (em "Atração Fatal") e Harrison Ford ("Perigo Claro e Iminente", "Jogos Patrióticos"). Mas ela também brilhou em filmes menos apelativos. Esteve ótima ao lado de Tom Berenger na deliciosa comédia de erros de Alan Rudolph "Armadilhas do Amor" (1990). Fez um par delicioso com Donald Sutherland no ótimo filme de John Irvin "Vítimas do Poder" (1995). E estava simplesmente impecável em "De Frente Para O Perigo" (1990), de Peter Hyams, com o sempre perfeito Gene Hackman. Mas Anne também sabe ser versátil o suficiente para contracenar também com Sylvester Stallone, Wesley Snipes e Tommy Lee Jones em filmes de ação. Produziu com o marido Terry Jastrow o aclamado filme independente "Waltz Across Texas" (1982), e voltaram a trabalhar juntos na produção da série "The World Fashion Premiere from Paris" (1998), uma especial de duas horas sobre a história da moda, apresentado e roteirizado por Anne e por Isabella Rosselini, que costumava ir ao ar uma semana por ano. De 2000 para cá, mudou de mala e cuia para a TV e passou a desenvolver projetos para a HBO e para a Showtime e a se dedicar novamente ao Teatro.


 CURIOSIDADES

Anne Archer é uma mulher tão fina, mas tão fina, que consegue ser uma espécie de vira-latas anglo-saxã. Em suas veias corre sangue alemão e inglês, além de sangue de alguns ancestrais da Escócia e da Irlanda do Norte.

Anne Archer foi cotada para fazer o papel de Lois Lane na versão de Richard Donner para "Superman" (1978), mas os produtores acabaram optando por chamar a insípida Margot Kidder para contracenar com o novato Christopher Reeve.

Anne Archer estreou no teatro inglês há dez anos, interpretando Mrs Robinson em uma montagem de "The Graduate - A Primeira Noite de Um Homem" no London West End.



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