Tuesday, May 16, 2017

CALLING DOCTOR LOVE: HIGIENE SENTIMENTAL PARA UMA VIDA SEXUAL SAUDÁVEL E SUPIMPA (#33)



Caro Doctor Love,
Sabe a Rebordosa, aquela personagem do cartunista Angeli, que embalava todas as noites, dava para todo mundo e terminava sempre de revertério na manhã seguinte, tomando banho de banheira e tentando lembrar dos papelões cometidos na noite anterior? Prazer, sou eu mesma. Minha vida tem sido assim há 17 anos, desde que me emancipei de meus pais e fui morar sozinha. Mas então, no começo do ano passado, perdi meu emprego e tive que voltar para a casa dos meus pais. Desde então, não saio mais para embalar, não dou mais para ninguém, não bebo mais, não me drogo mais, e passei a cuidar dos meus pais, que estão velhinhos, e da minha saúde, que estava bem debilitada. Meus pais, no entanto, são os maiores incentivadores para que eu saia e me divirta como fazia antes -- mas não adianta: eu simplesmente não consigo, sinto que tenho uma missão a cumprir tomando conta deles. Eles dizem que não, que não precisam de mim, que sou uma péssima cozinheira, que me atrapalho toda com os remédios deles e que minha conversa ficou muito chata desde que fiquei sóbria. O que eu façoDoctor Love? (Ludmila Chevsky, São Paulo SP)

Cara Ludmila,
Eu, no seu lugar, ouviria mais seus pais,
antes de ajudá-los à revelia deles.
Chega de bancar a Madre Teresa de Calcuttá.
Volta pro reduto, mulher...
Obedeça seu pai e sua mãe...
Bom Outono, Boa Reentrée e Boa Sorte!



Caro Doctor Love,
Tem gente que tem tesão em fazer sexo usando muitos anéis e colares. Outros tem tesão fazendo sexo em lugares perigosos. Conheço um casal que vive subornando um padre voyeurista e punheteiro, pois só conseguem fazer sexo dentro em igrejas, sobre aqueles bancos desconfortáveis onde os fiéis pagam suas penitências. Pois bem: minha mulher e eu temos tesão com armas de fogo, e só conseguimos trepar usando cintos com munição, com revólveres e rifles espalhados ao nosso redor e trajando chapéus e botas de caçador. Meu único receio é que, um belo dia, em pleno rala-e-rola, alguma arma dispare acidentalmente e faça um belo estrago em um de nós dois -- mas como isso não aconteceu nesses últimos 8 anos, acho não vai ser agora que vai acontecer. Sempre fomos adeptos do golden shower em nossas sessões de sexo. Só que, de uns tempos para cá, minha mulher passou a me obrigar -- com um rifle, claro! -- a também defecar sobre ela. E eu faço o que ela ordena. Só peço que ela, por favor, não retribua a gentileza sobre mim. Mas ela ignora meu clamor, e faz de mim o que bem entende. Por conta disso, estou perdendo o tesão de ir para a cama com ela. O que eu faço para que ela pare de fazer isso comigo e nossas práticas sexuais voltem a ser como eram antes, Doctor Love? (Jackson Freitas, Cuiabá MT)

Caro Jackson,
Mulher, quando encasqueta com alguma coisa,
fica difícil conseguir convencê-la do contrário.
Se ela quer cagar sobre você,
ela VAI cagar sobre você até cansar disso, e ponto final.
Meu conselho?
Dê remedinhos para prisão de ventre para ela.
É a única saída.
Quem sabe ela desencana e volta a se satisfazer
apenas com o golden shower.
Quanto às armas, não se preocupe.
Deixe-as travadas,
e evite discussões acaloradas durante a fodelança,
que está tudo bem.
Bom Outono, Bons Tiros e Boa Sorte!


Caro Doctor Love,
Sou congregado mariano e levo uma vida imaculada e temente a Deus com minha mulher e filhos. Mas, cá entre nós, aguentar tremenda aporrinhação durante 365 dias por ano não é nada fácil. Como eu sou uma daquelas raras pessoas a nascer num ano bissexto em pleno 29 de Fevereiro, decidi 9 anos atrás que, de quatro em quatro anos, no dia de meu aniversário, posso fazer o que quiser, sem ninguém me aporrinhando o saco. Daí, mando minha mulher e as crianças para a casa da minha sogra, chamo alguns amigos, contrato algumas putas e alguns travestis para alegrar o ambiente, e então, durante 24 horas, o couro come prá valer. A festa do ano passado foi sensacional, veio até polícia no meio da madrugada. Mas só de pensar que a próxima aconteceria somente em 2020, já começou a me dar desespero. Daí, a partir deste ano, decidi comemorar meu aniversário anualmente no Primeiro de Março em anos não-bissextos, seguindo os mesmos moldes. Minha mulher não gostou da novidade e ameaçou contar para todos lá na Congregação que sou um pervertido sexual e um farsante perante eles. Eu até gosto de ser congregado mariano, Doctor Love, mas também gosto de surubas, e não queria ter que abrir mão de minha família, mas entre meus filhos e as putas e travecos e amigos, acho que prefiro a última opção. Como eu saio dessa encrenca? (Jamilson Gogo, Curitiba PR)

Caro Jamilson,
Desencana dessa Congregação babaca
e vá aproveitar a vida,
pois esse negócio de viver
uma vidinha besta 364 dias por ano
e sair do trilho um único dia
é coisa de maluco.
Larga essa mulherzinha de merda,
perverta seus filhos assim que puder
e seja um feliz e realizado frequentador
do Playground do Amor o resto de sua vida.
Bom Outono, Muitas Festas e Boa Sorte!







Odorico Azeitona vem escrevendo
sobre putaria e sacanagem
para LEVA UM CASAQUINHO
desde o início de 2014.
Expert gabaritadíssimo nesses assuntos,
decidimos convidá-lo para assinar
uma coluna de aconselhamento sexual
para nossos leitores mais atrapalhados.
Odorico não só adorou a ideia
como rapidamente se transformou
no conselheiro sexual menos ortodoxo
do lado de cá do Equador:
DOCTOR LOVE.



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