Thursday, May 11, 2017

COMEMORAMOS O ANIVERSÁRIO DE CANDICE BERGEN RESGATANDO ALGUNS FILMES SEUS

por Chico Marques


Candice Bergen foi uma das mulheres mais lindas e cobiçadas dos Anos 1960.

Seus múltiplos talentos pareciam fazer dela uma mulher perfeita.


Era uma modelo fotográfica e uma manequim requisitadíssima.


Não satisfeita com isso, era também fotógrafa (das boas) e jornalista, escrevia peças de teatro e roteiros para TV e, claro, não sossegou enquanto não se lançou como atriz também.



Estreou timidamente no elenco do filme "O Grupo", de Sidney Lumet, baseado no romance de muito sucesso de Mary McCarthy.

Mas pouco a pouco foi ganhando prestígio como atriz no final dos Anos 1960 escolhendo participar de projetos cinematográficos fora de Hollywood, como nos franceses "Viver Por Viver" de Claude Lelouch e "Quando os Peixes Saíram da Água" de Michael Cocoyannis e nos ingleses "O Mago" de Guy Green e "O Mundo dos Aventureiros" de Lewis Gilbert.



Nascida em Beverly Hills, na California, ela só voltou a trabalhar nos Estados Unidos no início dos Anos 70 -- e mesmo assim em projetos independentes e contestatórios, como o filme universitário "Getting Straight" de Richard Rush e o western "Soldier Blue" de Ralph Nelson.

Até que, finalmente, encarou um grande papel em "Ânsia de Amar (Carnal Knowledge)", grande filme da dupla de realizadores Jules Feiffer-Mike Nichols.

Candice, no entanto, deixou sua carreira como atriz em segundo plano a partir de 1972, viajando pelo mundo e dedicando-se a outras atividades.

Voltou forte como atriz só lá pelo final da década, em filmes inesquecíveis como "Dois na Cama Numa Noite de Chuva" de Lina Wertmuller, "Starting Over" de Alan J Pakula e, principalmente, no memorável "Ricas e Famosas" de George Cukor, onde contracena com Jacqueline Bisset.



A partir dos Anos 80, Candice começou a receber propostas menos atraentes para o cinema, e migrou para a TV, onde foi recebida de braços abertos em papéis de destaque.

Brilhou em minisséries como "Hollywood Wives" e "Mayflower Madam", até virar protagonista de "Murphy Brown" (1988-1998), sem dúvida a melhor sitcom sobre telejornalismo desde o clássico "Mary Tyler Moore Show".


Foram 247 episódios engraçadíssimos que lhe renderam 5 Prêmios Emmy de melhor Atriz Cômica e que só abrilhantaram a história gloriosa da TV Americana.


Desde então, Candice participou do seriado "Boston Legal" ao lado de James Spader e William Shatner e vem fazendo papeis coadjuvantes muito marcantes tanto no cinema quanto na TV.



Candice Bergen teve todos os homens que quis ao longo de sua vida.

Casou-se em 1980 com o grande diretor francês Louis Malle, com quem viveu até 1995, quando ele morreu.


Completou 71 anos muito bem vividos na última terça feira, e nós aqui estamos comemoramos em grande estilo, escolhendo 5 filmes marcantes em sua carreira.


Em comum entre eles, apenas o fato de estarem todos disponíveis para locação nas estantes da Paradiso Videolocadora.






VIVER POR VIVER
(Vivre Pour Vivre, 1967, 130 minutos, direção Claude Lelouch)

Famoso apresentador de TV, Robert Colomb (Yves Montand), apesar de casado aproveita-se de sua projeção para conquistar várias mulheres. Ele tem um caso com Mireille (Irene Tunc), mas já está prestes a deixá-la por Jacqueline (Anouk Ferjak). Não leva muito tempo e ele conhece Candice (Candice Bergen), por quem fica fascinado. Com esta ele faz uma viagem para a África e a Holanda. Na volta ele decide contar tudo à mulher, Catherine - que apenas silencia. Também informa Candice de que o romance entre eles está acabado por que terá de ir ao Vietnã. Mas fica chocado ao saber que Candice é quem estava cansada dele. Robert tenta se reaproximar da ex-esposa, mas agora é ela quem escolheu uma nova vida. Belo e climático filme de Lelouch, na mesma linha "comercial classudo de cigarros" de "Um Homem e Uma Mulher".



QUANDO É PRECISO SER HOMEM
(Soldier Blue, 1970, 115 minutos, direção Ralph Nelson)

Uma jovem professora (Candice Bergen) e um soldado (Peter Strauss) sobrevivem ao ataque de índios a um destacamento da cavalaria. Esse fato desencadeará uma brutal vingança militar. As tropas do Coronel John M. Chivington (Donald Pleasance) em represália atacarão uma aldeia indefesa de índios Cheyenne e Arapaho, massacrando todos os nativos que encontrarem pela frente. Candice está linda. Jane Fonda deve ter morrido de ódio dela por esse papel.



CAÇADA SÁDICA
(The Hunting Party, 1972, 107 minutos, direção Don Medford)

Um rico rancheiro (Gene Hackman) deixa em casa sua bela mulher (Candice Bergen) e pega um trem particular, onde estão várias prostitutas e amigos dele. No meio da viagem, o trem pára numa estação, para avisarem que sua mulher foi raptada por um conhecido fora-da-lei (Oliver Reed) e sua grande quadrilha. Um belo e indigesto western, que resistiu muito bem ao passar dos anos.




A HISTÓRIA DE OLIVER
(Oliver's Story, 1978, 91 minutos, direção John Korty)

Baseada na sequência de Love Story, Marcie Bonwit (Candice Bergen) é uma recente divorciada, para quem a carreira é o mais importante. Ela e Oliver Barret (Ryan O'Neal) formam um par perfeito -- são ricos e bonitos, independentes, sensíveis por causa de suas respectivas perdas e igualmente reticentes em se comprometer com outra pessoa. Através de seu relacionamento com Marcie, Oliver começa a aceitar a vida e a possibilidade de um novo amor. Melhor e menos melodramático que o Love Story original.




ENCONTROS E DESENCONTROS
(Starting Over, 1970, 105 minutos, direção Alan J Pakula)

Phil Potter (Burt Reynolds, um discreto jornalista de bem com a vida, que tenta se recompor depois que sua mulher, Jéssica (Candice Bergen), o abandona e opta por ser independente como cantora e compositora. Jill Clayburgh faz a engraçada professora primária que tenta ajudá-lo a superar suas angústias. Mas não será fácil: ele continua ligado a sua ex-mulher. Encontros e Desencontros é pontuado por um humor charmoso e extremamente inteligente, decorrente do excelente roteiro de James L Brooks. Um filme delicado e em tom menor de Alan J Pakula, que extrai de seu time de atores performances inigualáveis!








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