por Sérgio Prior
para Sétima Arte
O filão dos filmes de espionagem não tem fim.
Mesmo com a queda do muro de Berlim, com o fim da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, com a história do mundo agonizante e em estado terminal, segundo Francis Fukuyama, as táticas operacionais da espionagem, continuam encantando as plateias de cinema do mundo.
Evidente que a figura dos espiões, por exemplo 007, ainda tem lastro, pois eles representam o superpoder antes que os heróis da Marvel invadissem as telonas nas últimas décadas.
E o sex-appeal e beleza de Dominika Egorova (Jennifer Lawrence), uma bailarina que devido a um acidente de trabalho é levada a um novo ofício como espiã do governo russo, adicionam o tempero perfeito para a trama que segue as regras da extinta Guerra Fria (EUA X URSS).
Caso Dominika se recusasse a participar do treinamento para seu novo metiê, sua mãe, portadora de uma patologia crônica perderia todas as benesses que possuía, ou seja, ficaria na desamparada financeiramente.
Não resta outra alternativa a Dominika.
Ela que tinha sonhado em se tornar uma das estrelas do bale Bolshoi, vê seus sonhos se dissiparem, daí ela não sorrir em nenhum momento.
Mesmo porque -- e este é outro diferencial do filme -- a violência à qual ela é exposta é brutal.
E tudo é mostrado sem filtros ou figuras de linguagem.
Não imagine que em algum momento alguma fagulha de romantismo possa entrar em jogo, principalmente quando o agente da CIA interpretado por Joel Edgerton, negocia com Dominika.
Um espião é treinado na arte de manipular a realidade ao seu favor.
Não há espaço para sentimentalismo.
Sejam benvindos ao mundo no qual John Le Carré e Robert Ludlum, fizeram fama como escritores: a espionagem.
E Jennifer Lawrence domina a cena e hipnotiza a plateia. Charlotte Rampling e Jeremy Irons não passam de meros coadjuvantes diante do furacão Lawrence.
OPERAÇÃO RED SPARROW
(Red Sparrow, 2018, minutos)
Direção
Francis Lawrence
Elenco
Jennifer Lawrence
Jeremy Irons
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