Meu povo e minha
pova...
... abrem-se as
cortinas de mais um espetáculo!
‘El pueblo’ já
foi mais animado nesse sentido. Em tempos idos, vários lugares com
bandeirinhas, bandeironas, pinturas semi-rupestres no chão e nos postes, o tal
“clima de Copa”.
Para quem tem
seu comércio, era um período de certo alento nas vendas. Mas com um país que,
em termos sociais e políticos, só é de quinta (categoria) porque não tem sexta,
haja tesão para tamanha animação.
Nesse sentido, o
país ‘cresceu’: hoje já temos um time de rugby e já se é possível assistir, em
plena terça-feira à tarde, a um Brasil X Alemanha no vôlei feminino por canal
de TV aberto.
Temos futebol,
mas não somente ele. Deixamos para trás um certo sentimento de “... a pátria de
chuteiras...” que cegava o país toda vez que a principal competição
internacional do famigerado esporte se avizinhava. Hoje, acompanhamos as
partidas já certos de que certas falácias como “... redemocratização do
país...”. “... país do futuro...”, “... Brasil-il-il...” jamais entrariam em
campo pelo sentimento ufanista e porcamente patriótico que uma equipe nacional
(mesmo de bocha!) pudesse despertar.
Mesmo porque não
somos mais tomados pela confusão esporte-pátria que eventualmente suscetiria nossos
23 cones-de-trânsito (algo como “... nossos cones-de-trânsito são melhores do
que os do primeiro mundo”). Depois de 7X1 na lata, é ‘rabitcho’ entre as
pernas...
Há quase um mês
da abertura da tal competição, essa Mercearia, porém, entra no clima e dá
início aos trabalhos para mais um “campeonato mundial da ‘terra-de-cego’” FIFA
2018!
O(A) querido(a)
freguês(a) há de perguntar: “... mas por que ‘terra-de-cego’”?! Inúmeras
explicações. A começar que a entidade internacional para o famoso esporte
bretão (não que o rugby não seja!) é famosa em “... jogar a jaca na parede...”
no que tange a escândalos de corrupção. De longe, gosta mais de dinheiro do que
a família Rothschild.
Empreiteiras
embarcando no ‘yatch do amor’, sedes onde não se precisa, estádios que custam o
resgate da alma no inferno: é um ‘samba-e-dança’ que lembra muito aviõezinhos
de notas de R$ 50,00 atirados por Senor Abravanel em inesquecível programa
televisivo dominical.
Olavo de
Carvalho costuma dizer que a sociedade brasileira é dinheirísta. Até faria
algum sentido se ele não errasse tão feio na questão de nacionalidades: o mundo
ficou dinheirísta! Entidades internacionais e corporações não hesitam em chafurdar
na lama do desaparecimento das identidades nacionais se ‘o trem’ garantir mais
um milhãozinho na já rechonchuda conta bancária: atropelam-se tudo e todos para
que a barca do inferno monetário e financeiro ganhe curso, e foda-se o que ali
existiu por séculos e mais séculos.
Segundo, o
famoso esporte consagrado já foi melhor jogado. Esse incauto merceeiro arrisca
afirmar que a última copa em que o jogo foi devidamente praticado, em sua
beleza e circunstância, nos remete à 1982. De lá para cá, é uma ‘ladeira
abaixo’ de pôr medo no mais confiante otimista.
Esse ingênuo
merceeiro, por exemplo, caiu na besteira de assistir, no domingo retrasado, a
um Barcelona X Real Madri, pelo certame nacional espanhol. Um primor do que há
de mais sofisticado em termos de esporte bem jogado. Um tesão! Só que...
... depois
disso, assistir a um jogo do campeonato argentino, brasileiro e/ou italiano (é
bom lembrar que a Itália, esse ano, não vai à fase final da Copa, essa, agora,
em junho, na Rússia!) deve ser algo similar a ser sodomizado pelo “negão do
whatsapp”.
Tentamos fazer
ideia...
É um esporte que
quanto melhor se tornaram os tipos e sistemas de treinamento, mais deu espaço a
certa ‘jumência’ na sua prática quando o jogo não é treino. Um troço difícil de
acompanhar com alguma “ereção do espírito” em vista: é cada vez mais raro a
maldita da partida ser ‘bem jogada’.
Exceto num Real
Madri X Barcelona, querido(a) freguês(a).
Mas, aí, não
conta... o Barça traz da base (uma espécie de Santos FC do hemisfério norte) e
o Madri ‘compra na farmácia’ (as benesses de se ter um mundo de dinheiro para
aquisição de excelentes jogadores e pagamento de IPVA de um 4X4 da BMW que
alcança a bagatela de R$ 370 mil em qualquer loja de carro com porta de
esquina).
De qualquer
maneira, está inaugurada a fase “campeonato mundial da ‘terra-de-cego’” dessa
desenxergada Mercearia. Ao longo dos próximos 60 dias, alguma postagem, aqui e
acolá, alusiva à grande efeméride futebolística desses maravilhosos cones-de-trânsito.
E que vença o
melhor!
Marcelo Rayel Correggiari
nasceu em Santos há 48 anos
e vive na mítica Vila Belmiro.
Formado em Letras,
leciona Inglês para sobreviver,
mas vive mesmo é de escrever e traduzir.
É avesso a hermetismos
e herméticos em geral,
e escreve semanalmente em
LEVA UM CASAQUINHO
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