Tuesday, November 17, 2015

NÃO ESQUEÇA: O NOME É CARTWRIGHT.... JUREMA CARTWRIGHT



Eu adoro bichas. 

Nada mais divertido do que sair num sábado à noite cercada de bichas por todos os lados e rir até cair do festival de farpas que uma dispara contra a outra incessantemente. 

Tenho muitos amigos bichas. Mas que fique bem claro uma coisa: viadagem tem hora e lugar. Tem bicha que quando dá pra ser inconveniente e lesada, abusa. 

Aliás, existem bichas e existem bichinhas.

Como disse, eu adoro bichas. 

Mas não tenho a menor paciência com bichinhas.



Como todos sabem, eu sou sapa. 

E, ao contrário do que muitos pensam, ser sapa não tem absolutamente nada a ver com ter ou não ter sensibilidade para as artes. 

Muita gente tende a estigmatizar as sapas por conta daquela imagem da pin-up doméstica com jeitão de caminhoneira mostrando o muque. 

É um erro. 

Coisa de sapa burrona. 

Eu, por exemplo, nunca precisei mostrar o muque para me afirmar sexualmente e posso me considerar uma pessoa sensível e bem educada em termos artísticos. Conheço inúmeras outras sapas com background semelhante. 

Agora, se eu prefiro manifestações artísticas mais contundentes a outras manifestações mais "graciosas" e mais "fofas", qual é o problema? 

O que eu posso fazer se um painel do Jackson Pollock mexe comigo e uma besteirinha pop qualquer do Andy Warhol não? 

Tenho culpa por achar os filmes do Pedro Almodóvar geniais e os François Ozon sem estofo? 

Ou por vibrar com os romances contundentes de Lôbo Antunes e achar os romances do Mia Couto "demi bombée"?

A maioria das bichas e bichinhas que eu conheço foi educada assistindo musicais. 

As bichas de verdade são fãs incondicionais de Judy Garland e Debbie Reynolds.

Já as bichinhas são fãs de Julie Andrews. 

Eu, que sou sapa, não troco nenhuma das três por Cyd Charrise. Que corpo tinha aquela mulher! Que pernas magníficas! 

Fora que tinha cara de mulher de verdade, não de uma bonequinha, como as três mencionadas anteriormente.


Eu gosto de musicais. 

Não daqueles musicais tradicionais do Busby Berkley -- que são ridículos, parecem bolos de noiva --, mas dos de Stanley Donen e Bob Fosse. 

Só que eu também gosto dos westerns de John Ford e de Howard Hawks. E adoro filmes policiais de qualquer tipo, de qualquer nacionalidade. E sou fã incondicional de filmes de espionagem, tanto os mais sérios quanto os de James Bond. 

Bichinhas, por sua vez, tem urticária só de pensar em westerns e filmes policiais. E a pretexto de condenar a misoginia, adoram fazer campanha contra os filmes de James Bond. No fundo, no fundo, tremem diante da pegada forte do personagem. 

E como 90% por cento das bichinhas do Planeta Terra são também críticas de cinema e "formadoras de opinião", fica fácil e irritar com elas vez ou outra . 

Mas dá para ignorá-las, na medida do possível. 

Em último caso, sempre é possível fazer como um amigo gay, bicha de responsa, que odeia bichinhas pueris e adora ser impiedoso com elas. Diz ele que, sempre que se sente acuado, veste mentalmente uma saia rodada com pontas de gilete e sai rodopiando, só para ver as pernocas das "colegas" sangrando.



Bom, chega de falar de bichinhas. Vamos ao que realmente interessa. 

Lembro que o primeiro filme de James Bond que vi foi "Goldfinger". Foi num cinema em Uberaba. Eu era menor de idade. Meu pai me levou. 

Fiquei maravilhada com aquela loura nua banhada a ouro na cama de Sean Connery. 

Mas fiquei encantada mesmo foi pela pegada forte de Mr. Bond. 

Um homem daqueles até eu encarava.



Durante anos, fiquei ensaiando chegar nas meninas da minha idade com aquele charme certeiro de James Bond. 

Quebrei muito a cara. De quebra, queimei meu filme na minha cidade, Muzambinho. Mas segui em frente. 

Claro que, assim que pude, mudei para bem longe daquele cotidiano preconceituoso e provinciano. 

Mas confesso que, mesmo com todo o preconceito que tive que enfrentar, tracei umas mineirinhas lindas na surdina enquanto estive por lá, graças aos ensinamentos de Mr. Bond... James Bond.



Em meus últimos anos de Universidade em Belo Horizonte, no início dos anos 70, tive uma namorada ruiva muito gostosa que parecia bastante com Jill St John, a inesquecível bond-girl de "Os Diamantes São Eternos". 

Era uma louca varrida, totalmente imprevisível, muito divertida, filha de um português chucro e endinheirado que queria que ela estudasse piano e ballet e casasse com "um bom moço de uma boa família". 

Ela, para contrariar, foi aprender a tocar bateria e passou a sair só com meninas. 

No fundo, no fundo ela não era exatamente sapa. Gostava de meninos. Só não queria dar o braço a torcer e manter uma atitude rebelde. 

Foi com ela que eu descobri que uma lésbica que não possua em casa uma bela coleção de de vibradores, dildos e principalmente dildo-belts está fadada a ser uma sapa melancólica e incompleta. 

Às vezes a gente precisa virar menino para poder manter a relação funcionando.



Tive várias amantes pelo mundo afora que lembravam bond-girls. 

Era inevitável: bond-girls sempre fizeram parte do meu imaginário, e sempre foram meu sonho de consumo. 

Quando morei em Londres, tive uma que lembrava muito Corrine Cléry, de "Moonraker". 

Era uma louca varrida, barraqueira como ela só, só sossegava depois de lavar uns tapões. 

Mas depois de devidamente amaciada, fodia que era uma beleza.

Nunca mais soube dela. Acho pouco provável que ainda esteja viva.



Ainda em Londres, tive uma lourinha bem espevitada que lembrava bastante Britt Ekland, de "O Espião Que me Amava", apesar de ser um pouco mais cheinha do que ela.

Eu a conheci no saudoso Rainbow Theatre, num show de Marc Bolan & T. Rex em 1977. Eu a arrastei para casa, completamente bêbada, e ela acabou ficando por lá algumas semanas.

Gostava dela. Era bissexual, mas não tinha paciência para conviver diariamente com homens. Como eu aceitava entrar na brincadeira sempre que ela trazia algum garotão para casa, me tornei a playmate perfeita para os hábitos sexuais dela.

Perdi o contato com ela também. Uma pena.



Já quando morei em Paris nos Anos 1980, tive uma namorada que lembrava Carole Bouquet, de "Apenas Para Seus Olhos".

Ela era viúva. Tinha dois filhos. Não queria misturar estações na criação das crianças impondo um padrão de comportamento para elas. Por conta disso, nossos encontros eram sempre meio furtivos.

Depois de algum tempo, aquela situação me encheu o saco. Ela era linda, mas sua obsessão em jamais dar bandeira desgastou nossa relação, e eu caí fora.



Duas décadas depois, numa segunda ocasião em que morei em Paris, grampeei uma garoupinha adorável que lembrava bastante Sophie Marceau, de "O Mundo Não É O Suficiente".

Foi um dos meus romances mais tranquilos. 

Ela era trinta anos mais jovem do que eu. 

Doce, adorável, generosa, e com um fogo no rabo que destoava completamente de toda aquela aparente placidez.



Sempre me deixei guiar pelo bom gosto de Bond pelas mulheres.

Rosinete, essa cigana opulenta com quem estou saindo ultimamente, tem um jeitão de Monica Belucci -- que está em "SPECTRE", o novo filme da série, fazendo a viúva de um assassino internacional.

Tudo bem, ela não é tão bonita quanto Monica, mas o shape das duas é parecido. Suas curvas são tantas e tamanhas que formam um verdadeiro parque de diversões adultas. 

Como na maioria dos casos de mulheres com quem eu me envolvo, ela "também" gosta de mulheres. Sim, porque, na verdade, o que ela gosta mesmo é de rola. Já me confidenciou que não abre mão de levar uns bons trancos de um belo bofe de tempos em tempos. 

Tudo bem, eu também gosto. Não como prato principal. Mas, dependendo do bofe, sempre pode render uma bela entrada.



 Na primeira vez que esteve lá em casa, Rosinete ficou encantada com meu oratório mineiro recheado de pirocas dos mais diversos tamanhos e formatos. 

Da segunda vez, semana retrasada, antes de seguirmos para casa, eu a convidei para me acompanhar assistindo a primeira sessão da quinta-feira em que "SPECTRE" entrava em cartaz. 

Ela topou. 

Inventei uma desculpa para fugir do trabalho, ela desmarcou as visitas que iria fazer para vender seus queijos, e lá fomos nós duas, rumo ao Cinemark do Praiamar Shopping, onde o filme está sendo exibido. 



 Chegamos cedo ao Shopping e paramos na Starbucks para comer alguma coisa. 

Eu pedi um um mocaccino com doce de leite e um muffin de queijo parmesão. 

Rosi -- ela prefere ser chamada assim, e eu, francamente, também acho bem melhor -- optou por um mocaccino puro e um brownie de chocolate amargo. 

Senti atitude no pedido dela.



Sentamos lado a lado em banquetas espalhadas ao redor de uma mesa central bem alta. 

Foi quando senti a mão de Rosi passeando entre as minhas pernas, levantando meu vestido e vindo em direção à minha buceta. Ela sorriu de um jeito bem maroto quando percebeu que eu não estava usando calcinha. Passava os dedos na minha buceta já bem úmida e, na sequência, os levava a boca, entre um gole e outro de seu mocaccino. 

Tentei não dar bandeira, mas os dedos de Rosi forão tão habilidosos -- e eu estava tão excitada por estar sendo masturbada num lugar público -- que eu acabei gozando na mão dela. 

Fiz algum barulho, foi inevitável. A molecada por trás do balcão sacou tudo. 

Diante do flagra, não pude retribuir a gentileza de imediato. 

Saímos rapidinho daquele lugar rapidamente com nossos mocaccinos nas mãos, rindo muito.



Subimos até a Dicico no terceiro andar do Shopping, onde eu precisava comprar algumas peças para o banheiro e para a cozinha do meu novo apartamento. 

Enquanto passeava com Rosi pela loja -- que é enorme, e que estava praticamente sem movimento algum --, vislumbrei uma Jacuzzi num show-room estrategicamente posicionada num ponto bem reservado da loja, aparentemente fora da rota dos poucos atendentes que trabalhavam naquela tarde. 

Arrastei Rosi para dentro da Jacuzzi e começamos a nos agarrar alí mesmo. Arranquei com as mãos num golpe só a calça jeans e a calcinha que ela estava usando, e enfiei minha cara no meio de suas pernas, num 69 desenfreado. 

Chupava a buceta dela de forma tão intensa que era como se a estivesse desentupindo. Enquanto isso, esfregava minha buceta ainda enxarcada do gozo na Starbucks na cara dela. 

Rosi se contorcia. Soltava gritinhos que ela tentava abafar, mas não conseguia. Quando ela gozou, senti minha cara completamente inundada. Mulher jovem é outra coisa.

Nos beijamos muito. Ela lambia o meu rosto para usufruir do sabor inebriante do seu gozo, enquanto eu lambia o rosto dela. Parecíamos duas gatas no cio de tanto que nos lambíamos. 

Então nos levantamos. Rosi se vestiu rapidamente. Sem dar bandeira, passamos pelo caixa para pagar as coisas que comprei. Ninguém falou coisa alguma. Se alguma câmera nos flagrou, as imagens devem estar fazendo a alegria dos que zelam pela segurança da loja.



Entramos na sala de cinema com nosso apetite sexual plenamente satisfeito. Graças a isso, não havia necessidade urgente de ficarmos nos devorando durante a projeção. 

Vimos o filme do começo ao fim. Primeiro de mãos dadas. Depois abraçadas. Palmas para as poltronas do Cinemark, que, além de extremamente confortáveis, possuem braços flexíveis, virando quase um sofá. 

"SPECTRE" é demais: uma montanha russa de emoções, que começa no Mexico, segue para Roma, depois Áustria e Marrocos, para finalizar de forma dramática em Londres. 

Levou oito meses para ser rodado. Não foi à toa que Daniel Craig declarou à Imprensa que prefere cortar os pulsos a ser James Bond novamente no cinema. Atores de cinema estão acostumados a trabalhar um, no máximo dois meses na filmagem de um projeto. Se comprometem de ficar à disposição dos produtores para atender a Imprensa na ocasião do lançamento do filme nos cinemas. Convenhamos: oito meses para um ator de cinema dedicado a um mesmo personagem num único filme é uma eternidade.



Quando o filme terminou, Rosi estava chorando, emocionada. Quem diria que aquela cigana tarada era, no final das contas, uma romântica? 

Tomei-a nos meus braços e disse: "Vamos para casa. Tenho umas coisinhas guardadas naquele velho oratório da mamãe que vão fazer você parar de chorar". 

Ela riu, meio engasgada, e disse: "Você vai me fuder bem gostoso, vai?" 

Eu dei um sorriso meio gelado, à la Daniel Craig, e não disse nada. Simplesmente a levei embora daquele lugar.




Chegando em casa, pus para rolar no DVD-Player o filme "Azul é a Cor Mais Quente", com a lindíssima Léa Seydoux, a bond-girl principal de "SPECTRE", protagonizando cenas de lesbianismo bem bacanas, bem convincentes e muito inspiradoras, que serviram para embalar nossa brincadeira naquela noite. 

Seguindo o pedido de Rosi na saída do cinema, fudemos bem gostoso por mais de duas horas. Nada de velcro nas premilinares. Direto e sem escalas para o dildo-belt. Rola nela! Depois, foi ela a usar o dildo-belt em mim. Rolou também uma tesourinha bem prolongada, seguida de um 69. 

Por último, Rosi quase não acreditou quando fiz DP nela, alternando um vibrador e um dildo entre sua buceta e seu cuzinho aconchegantes. Depois de fazê-la desmaiar de tanto gozo, me masturbei com os dois amiguinhos fálicos, e desabei em cima dela. 

Acordamos hoje pela manhã uma com a cara no meio das pernas da outra, e constatamos que apagamos enquanto nos chupávamos à exaustão na noite anterior.

Um detalhe ilustrativo: as meninas abaixo fazem coisas bacanas assim em "Azul É A Cor Mais Quente"; eu recomendo o filme, é muito excitante. 



Hoje, Rosi e eu vamos nos encontrar novamente lá em casa para aproveitar esse friozinho de Primavera numa última sessão de Queijos e Vinhos antes do Verão chegar e iniciativas do gênero ficarem impraticáveis. 

Acho que vou recepcioná-la usando um smoking preto que mandei confeccionar alguns anos atrás em Madrid. Ou então usando um vestido longo bem refinado e sexy. Ainda não resolvi como vai ser. 

Mas vou jogar pesado. 

Ou eu tiro essa morena gostosa completamente do esquadro hoje, ou meu nome não é Cartwright... Jurema Cartwright   







JUREMA CARTWRIGHT 
escreve sobre lesbianismo 
e baixa gastronomia 
semana sim, semana não, 
em LEVA UM CASAQUINHO

.



No comments:

Post a Comment