(Teatro Tom Jobim - Jardim Botânico)
Sexta a Domingo
Sexta a Domingo
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Rosamaria Murtinho decidiu comemorar seus 60 anos de carreira com um espetáculo que a tirasse da zona de conforto e pediu ao diretor Jorge Farjalla uma personagem que a “desconstruísse completamente”. O resultado é a montagem de Dorotéia, escrita por Nelson Rodrigues em 1949, ora em cartaz no Teatro Tom Jobim. Rosamaria interpreta Dona Flávia, viúva e extremamente feia, assim como as duas primas com quem vive. É aí que Dorotéia (Letícia Spiller), a linda prima de Dona Flávia, vai parar, depois de perder o filho. Prostituta, deseja afastar-se do passado e aceita tornar-se igual às pavorosas parentes para sobreviver. No elenco impecável, sobressaem a fortíssima presença cênica de Rosamaria Murtinho e a delicada interpretação de Letícia Spiller, construída com nuances e sutilezas.
COMO ME TORNEI ESTÚPIDO
(Teatro SESC Ginástico)
Quinta a Sábado 21 horas
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Romance de estreia do francês Martin Page, de 2000, quando o autor contava apenas 25 anos, Como me Tornei Estúpido conquistou empatia e sucesso imediatos. Foi traduzido em mais de vinte idiomas — no Brasil, lançado em 2005, esgotou-se em três semanas. A ótima acolhida ao livro, uma sátira espirituosa a valores dúbios como o consumismo, a futilidade e o imediatismo contemporâneos, deixa no ar uma questão: estamos conseguindo rir de nós mesmos ou apenas nos tornamos tão cínicos que nada mais nos abala? Em cartaz no Teatro Sesc Ginástico, a adaptação da obra de Page para o teatro aposta em atraente meio termo, sem ser infiel ao original, conciliando o humor da trama com crítica social suave. Na peça, como no livro, Antonio (Alexandre Barros) é um rapaz inteligente e culto que não consegue ser feliz. Ele culpa as próprias virtudes por seu sentimento de inadequação. Antes de concluir que só a imersão na burrice reinante o tornará contente, adaptado à sociedade, o personagem busca “saídas” alternativas, a exemplo do alcoolismo e do suicídio. No começo da sessão, os atores comentam assuntos rotineiros — completam o elenco Gustavo Wabner, Marino Rocha e Rodrigo Fagundes, como amigos próximos do protagonista. Um dos temas abordados é a campanha (real) da célebre e cara marca italiana Diesel, de 2010, cujo slogan era Be stupid! (literalmente, “Seja burro!”). A dramaturgia de Pedro Kosovski introduz, acertadamente, elementos mais recentes à história (as redes sociais, por exemplo, são um fenômeno posterior ao livro). Na direção, Sergio Módena segue linha ágil e leve, sem exagerar nas características cômicas dos quatro amigos. Entrosados, os atores parecem se divertir no palco e contagiam a plateia.
AUTORAMAS
8 de Abril
Imperator
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Uma das melhores bandas de rock do Brasil merece - e muito! - a sua atenção. A mistura de surf music, punk, garage pop e new wave é divertidíssima e o grupo, que agora tem novíssima formação - ao lado do líder/vocalista/guitarrista Gabriel Thomaz (ex-Little Quail) estão o baterista Fred Castro (ex-Raimundos), o baixista Melvin (ex-Carbona) e a guitarrista/vocalista Érika (ex-Penélope) - manda muito bem em cima do palco. Isto sem contar as canções de seu mais recente disco, O Futuro dos Autoramas, que são imperdíveis. Na abertura, vai rolar show do grupo Facção Caipira.
CARNE DOCE
8 de Abril
(Teatro Ipanema)
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O quinteto liderado pelo casal Salma Jô (voz) e Macloys Aquino (guitarras) mostra sua MPB psicodélica no projeto Curto Circuito. O grupo nasceu na cidade de Goiânia em 2012, é composto por João Victor Santana (guitarra e sintetizador), Ricardo Machado (bateria) e Aderson Maia (baixo). Através da banda, vozes, arranjos e temas dicotômicos se cruzam com naturalidade, prontos para seduzir o ouvinte. Vale uma conferida.
PITTY, NANDO REIS, PAULA TOLLER E HERBERT VIANNA
10 de Abril
(Praia de Ipanema)
Grátis
Em edições anteriores, o bem-sucedido projeto de música e marketing celebrou, com apresentações gratuitas ao ar livre, Elis Regina, Tom Jobim, Tim Maia e o samba. No domingo (10), o Nivea Viva Rock Brasil festeja os sessenta anos do gênero no país. Paula Toller, Nando Reis, Pitty e Paralamas do Sucesso sobem ao palco na areia de Ipanema para passear por fases do rock nacional através de 34 canções. Em ordem cronológica, o repertório parte de Celly Campello e da jovem guarda, visita a tropicália de Caetano e Gil, o rock psicodélico dos Mutantes, a geração 80 e desemboca nas décadas seguintes, passando por Nação Zumbi, Raimundos e Los Hermanos. Hinos como Ovelha Negra (Rita Lee), Gita (Raul Seixas) e Será (Legião Urbana), além de sucessos das atrações principais, serão interpretados com o apoio luxuoso de Dado Villa-Lobos (guitarra), Maurício Barros (teclado), Rodrigo Suricato (voz, guitarra e violão), Milton Guedes (gaita e saxofone) e Liminha (baixo e direção musical).
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Leila Pinheiro e Rodrigo Maranhão debruçam-se sobre as valsas de Catulo da Paixão Cearense (1863-1946) no terceiro show da série de homenagens ao autor de sucessos como Luar do Sertão e Rasga o Coração. Os dois são acompanhados por Adriano Souza (piano e acordeão), Luiz Otávio Braga (violão de sete cordas), Dininho (baixo) e Mário Sève (sax e flauta). Programa classudo de responsa.
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