Tuesday, October 6, 2015

AH, SE MAMÃE ESTIVESSE VIVA PRA VER NO QUE SEU VELHO ORATÓRIO SE TRANSFORMOU...




Quem me conhece sabe que eu não tenho saco para ambientes femininos ao extremo. Muita mulher junta me irrita. Mulher eu encaro uma de cada vez, e olhe lá! Nunca tive vocação para ser "leader of the pack", como a imensa maioria das sapas com espírito de liderança. Sempre me lixei pra isso. Sou uma espécie de abelha-rainha que dispensa séquitos.

Duas semanas atrás, na saída do trabalho, percebi que as meninas do "harém" do meu chefe Manuel Mann estavam alvorossadas e fui tentar descobrir o que acontecia. Elas estavam se preparando para sair dalí direto para um bazar de lançamento da nova coleção de uma confecção que elas adoram. Me convidaram para acompanhá-las. Não pretendia ir, mas essas meninas do Manuel adoram se vestir com essas roupas, e eu achei que talvez pudesse haver alguma coisa adequada à minha faixa de idade. Resultado: lá fui eu, a reboque das meninas, movida pela minha curiosidade.

Chegando lá, fomos bem recebidas pela jovem proprietária da confecção, que recebeu as meninas e, sem perder tempo, chamou sua mãe para fazer as honras da casa para mim. Para minha surpresa, era minha velha amiga Carminha, lá de Visconde de Mauá, uma riponga bissexta que vendia túnicas indianas por lá 40 anos atrás.


Enquanto eu aproveitava para colocar a conversa em dia com carminha, as meninas passeavam pelas araras devorando os modelos expostos. Separavam 3 ou 4 de cada vez, experimentavam, depois voltavam, escolhiam outros 3 ou 4... Se deixasse, eles seriam perfeitamente capazes de ficar a noite inteira indo e voltando, indo e voltando, indo e voltando... e, claro, tagarelando sem parar entre cada ida e cada volta.

Por sorte eu não sou assim. Assim que minha velha amiga não sabia mais o que conversar comigo, pediu licença, pois precisava atender clientes que chegavam. Daí, eu dei uma geral pelas araras, escolhi cinco modelos que me agradaram, pedi licença para carminha para provar no banheiro mesmo -- a muvuca nos provadores estava irritante --, e, como os cinco serviram bem, paguei e dei a missão por encerrada. Desde pequena, tenho uma objetividade bem masculina na hora de escolher roupas. Serviu? Caiu bem? O preço é adequado?Então, pronto: assunto resolvido. Minha mãe nunca se conformou com isso. Fazer o que? Eu sou assim....

Como as meninas ainda estavam experimentando peça por peça das araras, e eu estava de carona com delas, pensei em chamar um taxi e me desgarrar delas para seguir para casa. Mas então Carminha veio e me ofereceu mais uma taça de vinho branco. Dez minutos depois, mais uma. E pouco depois, outra. Para acompanhar, brigadeiros de vários tipos. Muitos brigadeiros. Depois de seis taças de vinho e muito açucar no sangue por conta do leite condensado, comecei a me sentir meio alterada. E comecei também a achar aquele lugar bastante interessante.


Desisti de ir embora. Circulei para lá e para cá, e, sem perceber, sentei num puff que fornecia uma visão privilegiada da lateral dos quatro provadores. A mulherada saíam do provador meio descomposta, com os vestidos recém-colocados, e os ajustavam diante do espelho. Gordurinhas e partes dos seios sempre saltavam um pouco para fora dos vestidos de cada uma das ocupantes dos provadores, revelando deliciosas imperfeições nos corpos delas que elas odeiam, que que quem gosta mesmo de mulher -- e eu gosto -- sabe apreciar pra valer.

Comecei a ficar com tesão. Senti que minha calcinha estava encharcada. Não conseguia tirar os olhos dos provadores. Devorava com os olhos cada detalhe dos corpos delas. Não conseguia parar de viajar naquelas carnes inebriantes e nas inúmeras possibilidades que eles sugeriam. Foi quando um delas sacou que estava sendo "filmada" por mim e sorriu. Era morena, grandalhona, 35 anos de idade, por aí, e parecia estar sozinha. Veio em minha direção, perguntando "Você acha que esse aqui ficou bom?". Respondi sorrindo: "Ficou ótimo no seu corpo!"

Ela voltou para o provador, provou outro vestido e veio desfilando em minha direção, perguntando: "Esse aqui não caiu um pouco melhor?" Balancei a cabeça indicando que sim, mas sem dizer palavra alguma. Sempre sorrindo, claro. Então, ela sentou um pouco na minha mesa e se apresentou. Seu nome era Mary Ellen. "Meus pais eram fãs dos Waltons", ela disse, justificando. Respondi que compartilhava de sina semelhante, e nunca consegui entrender porque minha mãe resolveu me batizar Jurema. Rimos muito.


Mary Ellen contou que era casada, que seu marido trabalha com Navegação e está viajando no exterior. Disse ainda que seu casamento é uma bosta há vários anos. Que sofre por não se sentir mais atraente. Que não é lésbica, pois gosta muito de cheiro de homem, e gosta muito de pinto também. Mas queria muito de ter uma aventura homossexual só para tirar a teima. 

Foi tão objetiva com sua exposição que fiquei sobria rapidamente. Disse a ela: "Querida, você veio à pessoa certa, eu tenho a solução para suas inquietações". Rimos muito. 

E meia hora depois já estávamos no meu cafofo na Ilha Porchat, nos beijando e contemplando da janela da sala o mar e as luzes dos navios estacionados na entrada da baía. 

Mary Ellen estava em transe. "Nossa, acho que você tem a paisagem mais bonita da cidade, é como se estivéssemos sobrevoando o mar".


Deitei-a no sofá novo, todo reclinável, que acabo de comprar para a sala, e comecei a passear por seu corpo com minhas mãos, delicadamente. 

Senti que ela respondeu bem às carícias preliminares. 

Daí, fiquei só de calcinha diante dela, e comecei a despí-la delicadamente, até deixá-la completamente nua. 

Então deixei minha língua entrar em cena, primeiro pelos seios e pela sua barriguinha até chegar a sua bucetinha encharcada. 

Ela estrebuchou na hora. 

Foi quando agarrei suas ancas e enfiei minha cara com tudo entre suas pernas, chupando sua vulva impiedosamente até deixá-la seca de tanto gozar.


Fiz com que Mary Ellen gozasse duas vezes na minha cara, só com as serelepices que desde cedo aprendi a fazer com minha língua. 

Sua bucetinha era estimulante, esteticamente linda, totalmente depilada, só com um topetinho muito bem desenhado. Sua depiladora era uma expert, com certeza.

E seu cuzinho era rosado, bem clarinho, algo incomum entre mulheres da idade dela. Logo calculei que ela tivesse feito clareamento anal e que era certamente uma daquelas dondocas desocupadas que passam as manhãs malhando com o Personal Trainer e as tardes em Clínicas de Rejuvenecimento. A "rich bitch" era bem cuidada demais.

Fizemos uma tesourinha só para "colar velcro" e ela gozou mais uma vez, agora escandalosamente, e caiu exausta para o lado. E apagou. 

Eu me senti uma perfeita idiota, esperando pelo princípio da reciprocidade. Que simplesmente não veio. 

Eu fiquei puta, claro. Mas não a acordei para exigir qualquer modalidade de retribuição. Deixei-a na sala e fui ao banheiro bater uma siririca e brincar um pouco com minha ducha quente de mão. 


Segui para meu quarto. 

Estou relendo "As meninas", de Lígia Fagundes Teles, clássico da sapataria soft. 

Coloquei um velho LP da Peggy Lee com a Count Basie Orchestra no toca-discos. 

Acabou o lado A, virei para o lado B, e dei sequência à minha leitura. 

Estranho como Peggy Lee e Ligia Fagundes Teles combinam, apesar de uma não ter absolutamente nada a ver com a outra.

Estava quase dormindo quando ouço uma voz dizendo: "Pensei que sapas só ouvissem discos da Simone, da Marina e da Ana Carolina...".

Nem me dei ao trabalho de responder a essa gracinha preconceituosa e tosca. Perguntei se ela estava bem. Ela disse que sim, mas precisava ir embora. Perguntei se gostou. Ela disse que sim, mas que não consegue conceber sexo sem pinto. 

Foi quando eu me irritei, perdi a paciência, puxei-a até a sala, abri as portas de um velho oratório que herdei da fazenda de meus pais e deixei que ela visse parte da minha coleção de artefatos eróticos.


Perguntei: "Que tal esses aí? Dão conta do seu fogo?"

Maria Ellen tremeu nas pernas. Sorriu para mim, me abraçou, me deu um longo beijo, depois disse: "Quero provar um por um deles, mas quero começar por aquela cinta-pica alí e quero também aquele menorzinho enfiado no meu cu. Pode ser?" 

Respondi a ela que a brincadeira não funciona bem assim, que existe um princípio de reciprocidade em qualquer relação que pretanda ser minimamente saudável. Ela disse que não se sentia pronta para isso. Que precisaria primeiro ser abduzida para depois conseguir ter coragem para retribuir.

Foi quando expliquei a ela que não sou uma vampira para abduzir quem quer que seja, e que já passei da idade de brincar de jogos de dominação. Pedi a ela que fosse embora. Ela foi. Sem olhar para trás.


Duas semanas se passaram desde então. 

Na última sexta à noite, recebi Janine pela primeira vez em meu novo apartamento. Foi uma noite deliciosa. Acordamos, fomos à praia, corremos, nadamos, devoramos alguns carangueijos no Boa Vista, depois voltamos para casa, tomamos um bom banho para tirar e descansamos a tarde inteira. 

Já á noite, levei-a ao Cinema no Brisamar Shopping para ver aquele filme com a Regina Casé. Eu achei uma bosta. Janine se emocionou com ele. Achei melhor não emitir nenhuma opinião mais contundente a respeito.

De repente, para minha surpresa, Mary Ellen passa diante de nós duas sorrindo, vira a cara e faz de conta que não me viu. 

Ignorei.


Fomos então, Janine e eu, comer cheeseburgers no Rockabilly Burger, uma lanchonete muito simpática do Brisamar Shopping, pois estávamos famintas. 

Janine pediu um cheeseburger de 200 gramas com cheddar e fritas. 


Eu preferi um cheeseburger mais ogro, também de 200 gramas, com bacon, salada e batatas fritas cobertas com queijo cheddar e uma porção de cebolas fritas para beliscarmos.

Um exagero? Acreditem, foi na medida exata da nossa fome.


Minha única ressalva é em relação ao pão utilizado pelo Rockabilly Burger, que poderia perfeitamente ser artesanal, e não industrializado. 

O industrializado fica ressecado demais e saboroso de menos. 

Mas, no geral, os hamburgers do Rocka são no mínimo corretos. 

Sempre bonitos de se ver e muito saborosos.


Na saída, entrei no banheiro para lavar as mãos, que estavam melecadas de ketchup, e dou de cara com Mary Ellen lá dentro. 

Ela sorri e diz: "Eu pensei muito naquilo que você me disse, e acho que já estou pronta". 

Então, eu disse a ela: "Bom... se você apenas acha, então é sinal que ainda não está pronta. Me liga quando tiver certeza". Passei meu cartão para ela, com meu telefone.

Voltei para Janine, que me esperava na Praça de Alimentação, e logo perguntou: "Quem é essa louca que está te seguindo desde que saímos do cinema?"

Sorri para ela e disse: "Fique tranquila, não é ninguém, vamos pra casa."


Mary Ellen voltou a me ligar domingo e segunda.

Deixou recado. 

Diz que quer me ver. 

Nem me dei ao trabalho de responder.

Mas, para todos os efeitos, estou dando um trato nos moradores que estão sempre a postos no armarinho do velho oratório que era de mamãe. 

Todos os dildos acabam de sair do lava-louças. Estão brilhando. Todas as baterias de todos os vibradores já foram trocadas. Acabo de testar uma a uma.

É rola que ela quer? 

Pois que se prepare...




Jurema Cartwright
escreve sobre lesbianismo
e baixa gastronomia
segunda sim, segunda não 
em LEVA UM CASAQUINHO. 
Cuidado com ela.


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