Saturday, October 31, 2015

MEDO E DELÍRIO NA SHANGRI-LA DAS PERVERSÕES SEXUAIS DOS IRMÃOS NOLASCO (PARTE 1)

por Manuel Mann


Depois de duas semanas a trabalhar no Rio de Janeiro, é estranho estar de volta a Santos.

Não me entendam mal. Sou completamente apaixonado pela Cidade Maravilhosa. Adoro hospedar-me no Leblon -- se possível nas proximidades do Bracarense Bar --  e poder circular despojadamente até Copacabana sem maiores preocupações, só com a roupa do corpo e a ostentar absolutamente coisa alguma. Ainda mais nesta época do ano, em que dias de calor intenso alternam-se com dias chuvosos, onde o frio sempre predomina. 

E por mais irritante que seja trabalhar no Centro do Rio com as obras do Porto Maravilha em andamento, somado a todo o transtorno decorrente da confusão viária que resultou da implosão dos viadutos da perimetral, o Rio é "simplesmente demais", como dizem cá no Brasil. Sempre será, aconteça o que acontecer. 

No ano que vem, quando tudo estiver funcionando, com certeza o Centro do Rio estará bem mais aconchegante, tenho certeza. Só que neste momento, o aborrecimento é inevitável para a maioria dos cariocas. 

Mas não adianta: a mim ele não atinge.



O Centro Histórico de Santos tem seu charme, mas não tem -- nunca teve, é bom frisar -- o estofo cultural do Centro do Rio, nem o clima boêmio de fim de tarde nos bares e restaurantes dos corredores culturais que ligam Museus a Centros Culturais. Funciona apenas em horário comercial e a happy hour raramente vai além das oito da noite. 

Santos é curiosa. Possui uma malandragem portuária meio acanhada que não existe mais no Rio -- nem em Lisboa, e nem na Cidade do Porto -- há muito tempo. 

Senti isso nitidamente nesta segunda ao caminhar do escritório até um restaurante distante alguns quarteirões ao lado de minhas queridas gêmeas louras Marilice e Mariluce. 

No caminho, passamos por uma rua onde, já na hora do almoço, uma quantidade enorme de prostitutas pouco ou nada atraentes visualmente ficam encostadas nas portas dos hotéis a se oferecer para os homens desacompanhados que passam pela calçada. Acreditem ou não, havia uma fantasiada de Wonder Woman. Pedi às meninas para olharem discretamente, e não rirem, para evitar problemas. 

O mais engraçado é que se um homem passa sozinho por essas prostitutas, elas assoviam e perguntam "quer fazer nenem, gostosão?". Mas se passar acompanhado por mulheres bonitas e bem vestidas, como minhas duas louras, elas sentem-se intimidadas e se escondem. 

É como se no Universo em que elas vivem não existisse espaço para mulheres viçosas assim. 

Muito curioso. Triste, talvez.



Na última quinta, fui almoçar com Ivan Nolasco e Natan Nolasco, dois irmãos advogados que trouxe do Rio por alguns dias para prestar assessoria à Bronkson Thompson Inc. em alguns negócios novos recém-realizados na Europa. 

Os dois voltam para o Rio antes do fim de semana, daí levo-os cada dia para almoçar num restaurante diferente no Centro. Na quinta, fomos ao Paquito. Na terça, levei-os ao Café Paulista, e na quarta ao Bonifácio, atrás da Prefeitura. 

Durante esses almoços, conversamos basicamente de trabalho. Natan fala muito pouco. Ivan já é bem falastrão. Mas na nossa última conversa, para minha surpresa, começamos a falar sobre putaria em ambientes de trabalho. 

Os dois estavam encantados com Marilice e Mariluce e queriam saber como eu dava conta das duas. Disse-les que conseguia isso na medida do impossível, já que elas são mais de 30 anos mais jovens do que eu. 

Foi quando expliquei aos dois que sou movido a sexo, não penso em outra coisa o dia inteiro, daí preciso extravazar. 

Uma única mulher nunca foi o suficiente para mim.



Eles acharam curioso. Ivan perguntou como essa obsessão sexual se processa em mim. 

Disse a eles que é "uma bênção e uma maldição", para usar as palavras daquele detetive daquela série de TV, Adrian Monk. Expliquei que sempre que entro em qualquer lugar -- seja um ambiente de trabalho, uma residência ou qualquer ambiente, aberto ou fechado -- a primeira coisa que me passa pela cabeça é: quais os pontos mais adequados neste setting para fazer sexo com uma ou mais mulheres. 

É uma idéia fixa, uma espécie de feng-shui para prevertidos sexuais, como eu. Sou obcecado por isso. Na medida em que penso em sexo 24 horas por dia -- sim, penso em sexo dormindo também, não descanso jamais --, estou sempre a vislumbrar lugares possíveis para praticá-lo condignamente.



Ivan então perguntou se sou adepto do sexo em ambientes de trabalho? 

Disse a ele que hoje menos do que em outras épocas. Fiz com muita frequência, e com muitas mulheres diferentes, dentro da Embaixada de Portugal em Brasília, nos anos em que trabalhei por lá. Fazia um trabalho entendiante, e a disposição interna e a decoração do prédio da Embaixada sugeriam cantos estratégicos fantásticos por todos os lados, perfeitos para arrastar mulheres tanto durante quanto após o expediente. 

Fiz sexo com as mulheres negras mais lindas que já vi naqueles ambientes. Comi toda a nata feminina da Africa de língua portuguesa.

Depois que fui embora de Brasília, trabalhei em publicações pela Europa e tive que deixar esse hábito de lado -- até porque os ambientes muito coletivizados e raríssimas vezes tive uma sala fechada toda minha para poder promover estrepolias desse tipo.

Claro que, de tempos em tempos, batia uma saudade e tanto daquelas beldades africanas que circulavam por Brasília.



Ivan ria muito com meus relatos. Dizia: 'Cara, você é surpreendente, quem diria...". Então me contou uma história muito interessante. 

O relato a seguir é todo dele:

"Durante esses últimos anos, Natan e eu fomos verdadeiros atletas sexuais de escritório. Eu sou solteirão. Natan chegou a ser casado uns tempos, mas não deu certo. Trabalhávamos no escritório com papai. Mas então ele morreu. E mamãe ficou solitária demais no apartamento enorme na Lagoa Rodrigo de Freitas, onde mora até hoje. Daí, Natan e eu desmontamos nossos apartamentos e voltamos a morar com ela. Para compensar esse "retrocesso" nas nossas vidas, decidimos reformar inteiramente nosso Escritório de Advocacia no Aterro do Flamengo e o transformamos num abatedouro equipadíssimo. Cara, nós somos almas gêmeas. Nós dois também só pensamos em sexo o dia inteiro. Saímos todos os dias pela manhã de casa para o trabalho pensando em putaria. Como você sabe, o meio jurídico é muito propício a isso. Daí, convidávamos alguns amigos ou clientes mais próximos e promoviámos umas surubinhas no escritório." 



"Temos uma sócia bissexual, Joana, que, além de ser uma grande amiga, gostava muito de atrair mulheres para o escritório para encontros sexuais -- e assim que as duas começavam a se pegar, chamava nós dois para entrar nus em cena e dar início a um gang-bang surpresa nos orifícios de sua "vítima". Só não era um estupro porque, passado o susto inicial, o que vinha a seguir era sempre consensual, e no final acabávamos todos nos divertindo muito. Mas Joana era louca, adorava promover gang-bangs surpresa na seleção de candidatas a recepcionista. Nós gostávamos também, não é Natan? O caso é que, por conta dessas maluquices, o escritório teve que enfrentar um BOs complicado, rolou uma denúncia que poderia ter trazido problemas terríveis para nós, mas felizmente acabou tudo de forma bastante diplomática. Para evitar maiores problemas, conseguimos convencer Joana a pegar mais leve nessas brincadeiras sexuais mais agressivas dentro do escritório, e seguirmos apenas com brincadeirinhas mais leves e menos comprometedoras, se possível com mulheres conhecidas nossas ou então com garotas de programa. Joana concordou, contanto que equipássemos o escritório com o que existe de mais moderno em termos de tecnologia erótica e fizéssemos dele uma verdadeira Academia de Putaria camuflada atrás das paredes de um dos Escritórios mais prestigiados do Rio de Janeiro."



Fiquei encantado com o relato que ouvi, e então perguntei a Ivan: Como é que passo uma semana a trabalhar lado a lado com vocês e não sou convidado para conhecer este Shangri-la do Sexo onde vocês trabalham?

"Calma, Manuel, estamos nos conhecendo agora. Acredite, oportunidades não faltarão, ainda mais agora que sabemos que você é um dos nossos. Nosso escritório é um playground dionisíaco. Temos uma mesa de reunião enorme no escritório, extremamente sólida, capaz de suportar o peso de até dez pessoas fudendo em cima dela. E o que é melhor: com uma vista dramática para a Baía da Guanabara. Num dos cantos, tem uma inocente mesa de snooker tamanho profissional onde promovemos frequentemente torneios de strip-snooker. Uma das salas do escritório é um verdadeiro apartamento, com vários sofás que se abrem formando uma cama gigantesca que abre e se estende pelo chão. No banheiro, basta apertar um botão para que uma das paredes abra e revele uma sauna e uma jacuzzi, além de 3 duchas. E temos ainda uma cozinha completa onde promovemos pequenas orgias gastronômicas nos finais de semana. É comum passarmos feriadões inteiros internados por lá, acompanhados por amigas ou garotas de programa que pegam no batente na sexta no final de tarde e só encerravam o turno na segunda pela manhã, pouco antes das faxineiras chegarem e o escritório abrir para o público novamente. Poucos sabem que temos lá uma espécie de batcaverna para adultos. Nesse feriadão de finados vai ser assim. Tem gente que gosta de seguir para a Serra. Tem gente que vai para a Região dos Lagos. Nós ficamos no escritório fudendo sem parar."



Perguntei a Ivan: E quanto a Joana, como ela é? 

"Joana é ótima. Anda mais sossegada atualmente. Está com uma namorada fixa e com um namorado fixo no momento. Mas de vez em quando ela aparece e se junta a nós, para não perder o hábito. É um mulherão. Morena, alta, gostosona, inteligentíssima. Mas perigosa..."

Como assim, perigosa?

"Louca de pedra. Envolvente ao extremo. Imprevisível. Uma mulher fascinante. Para ter uma idéia, a Gilda de Rita Hayworth é a Noviça Rebelde perto dela. Nós dois já nos apaixonamos por ela e nos fudemos de verde e amarelo por conta disso. Fizemos muita terapia para conseguirmos continuar convivendo com ela e com o que ela desperta em nós dois. Ela é completamente apaixonada por nós dois também, só que ela sabe como lidar com isso sem encanar. Nós tivemos que aprender, a duras penas. Mas passou. Aprendemos a viver como um trio e administramos nossa afeição mútua de uma maneira muito peculiar. Funciona. Você vai conhecê-la oportunamente. Quem sabe na sua próxima ida ao Rio ainda este mês?"



Voltei para casa com tanto tesão em conhecer Joana que mal cheguei em casa e, antes mesmo de tomar banho, me atraquei com Marilice e Mariluce -- que estavam do jeito que gosto, bem suadinhas, recém chegadas da Academia de Ginástica -- e as arrastei para um canto do apartamento onde temos algumas plantas ornamentais. 

Afastei um pouco os vasos, coloquei Mariluce e Marilice deitadas com as pernas entrelaçadas e voltadas para o alto, e comecei a alternar séries contínuas de estocadas na bocetinha de cada uma delas, enquanto elas se masturbavam e enxarcavam meu pinto com um gozo intenso. 

Caí de boca nas bocetinhas delas duas, depois enxarquei seus cuzinhos com KY e arregacei com carinho as bundinhas das duas, para ao final pegar mais pesado e levar as duas ao delírio.




Exaustos, tomamos um banho prolongado juntos.

A seguir, fui até a cozinha acender o forno para preparar pizzas para as meninas com a massa que eu deixei a descansar desde cedo pela manhã e um molho de tomate que levou nada menos que 12 horas para ficar pronto. 

Cortei em fatias finas linguiças de javali defumadas compradas no Mercado Municipal de São Paulo duas semanas atrás, separei pedaços de uma mozarella artesanal que veio muito bem recomendada e piquei duas cebolas brancas da Argentina, que são menos ácidas. 

Preparei pizzas individuais para as meninas, decorei-as com azeitoninhas portuguesas e com folhas de manjericão. 

Servi com um Chianti delicioso. 

As meninas adoraram. 



Dalí, seguimos para a cama para ver os últimos episódios da temporada de "Penny Dreadful", que elas perderam. 

Eu também gosto. mas confesso que não consegui prestar muitas atenção no que vi. 

Só conseguia pensar em Joana.

Algo me diz que minha próxima viagem ao Rio será muito mais interessante que foi essa última.





Manuel Mann escreve
 sobre mulheres e comida
semana sim, semana não
em LEVA UM CASAQUINHO



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