EPISÓDIO DE HOJE - Idade Média e Casta
A Idade Média é também conhecida como “Idade das Trevas” e, historicamente, teve início com a queda do Império Romano e se estende até o florescimento da cultura renascentista, no final do século 14.
Considerado por muitos um período obscurantista e decadente, a Idade Média é marcada pela intolerância.
Por volta do século 6, clérigos católicos incluíram a luxúria entre os pecados capitais, alegando que os prazeres carnais afastavam o cristão da redenção espiritual.
Aos tarados da época restava apenas ouvir os “contadores de histórias”, como eram conhecidos alguns andarilhos que se dedicavam a narrar causos picantes sobre mulheres insaciáveis, defloramento de virgens e orgias.
Considerado por muitos um período obscurantista e decadente, a Idade Média é marcada pela intolerância.
Por volta do século 6, clérigos católicos incluíram a luxúria entre os pecados capitais, alegando que os prazeres carnais afastavam o cristão da redenção espiritual.
Aos tarados da época restava apenas ouvir os “contadores de histórias”, como eram conhecidos alguns andarilhos que se dedicavam a narrar causos picantes sobre mulheres insaciáveis, defloramento de virgens e orgias.
Como a oposição da Igreja às delícias do sexo não foi suficiente para esfriar os ânimos desinibidos dos fiéis, o poder católico institui a Inquisição – tribunal eclesiástico que tinha como objetivo investigar e punir crimes contra a fé cristã.
Com o Santo Ofício em vigência, homens e mulheres só podiam ser retratados nas telas com túnicas largas e longas, e nem o menino Jesus deveria ser mostrado do jeito que veio ao mundo.
Textos com teor pornográfico, nem pensar.
Aqueles que desobedeciam a essas ordens eram condenados à fogueira ou ao exílio.
Foi o que aconteceu com o escritor florentino Giovanni Boccaccio.
Quando lançou Decameron, com 100 histórias narradas por sete mulheres e três homens reunidos numa casa isolada -- que incluem desde relatos de peripécias sexuais até deboches com a Igreja Católica -– Boccaccio foi acusado de heresia.
Com o Santo Ofício em vigência, homens e mulheres só podiam ser retratados nas telas com túnicas largas e longas, e nem o menino Jesus deveria ser mostrado do jeito que veio ao mundo.
Textos com teor pornográfico, nem pensar.
Aqueles que desobedeciam a essas ordens eram condenados à fogueira ou ao exílio.
Foi o que aconteceu com o escritor florentino Giovanni Boccaccio.
Quando lançou Decameron, com 100 histórias narradas por sete mulheres e três homens reunidos numa casa isolada -- que incluem desde relatos de peripécias sexuais até deboches com a Igreja Católica -– Boccaccio foi acusado de heresia.
Embora tenha escapado da fogueira, Boccaccio teve de fugir.
Morreu isolado num vilarejo chamado Certaldo em 1375.
Decameron foi adaptado para o cinema pelo diretor italiano Pier Paolo Pasolini em 1971.
Entre as “imorais” personagens das histórias narradas no livro de Boccaccio: freiras devassas que realizam “milagres sexuais”, uma esposa traiçoeira com habilidade para os negócios, um artista tuberculoso à beira da morte que tenta trapacear o Céu, jovens amantes apanhados com as calças nas mãos, um criado que perde a cabeça por amor e um simplório fazendeiro que tenta transformar sua esposa numa égua.
Decameron faz parte da Trilogia da Vida de Pasolini, que inclui também Os Contos de Canterbury (1972) e As Mil e Uma Noites (1974), todos deliciosamente polêmicos e divertidos.
Por volta do século 15, já no período do Renascimento, com o afrouxamento do poder da Igreja Católica, alguns artistas aproveitaram para desnudar os personagens das suas telas. Quadro clássico da época, “O Nascimento de Vênus”, de autoria do florentino Sandro Botticelli, apresenta uma mulher nua e voluptuosa no centro da pintura. Os bons tempos da sacanagem pareciam ter retornado, mas a Reforma, no século 16, trouxe a censura de volta e, com ela, o lado mais carola e pudico do velho continente.
Odorico Azeitona pensa em sacanagem
24 horas por dia.
Por conta disso, decidiu começar a escrever
uma Breve História da Sacanagem
desde o início da Humanidade
até os dias de hoje.
Este é o segundo de sete artigos
sobre este assunto tão palpitante
e tão querido a todos nós.
Odorico escreve todas as semanas
em LEVA UM CASAQUINHO
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