Friday, July 15, 2016

INDICAMOS 6 FILMES COM EVA GREEN, QUE ESTÁ COMPLETANDO 36 ANINHOS


por Chico Marques


Quem vê Eva Green brilhando no papel de Vanessa Ives
na série Penny Freadful,
ou roubando a cena como Morgan Pendragon
na série Camelot,
ou levando o público masculino à loucura
nas cenas eróticas de Sin City: A Dama Fatal,
ou ainda interpretando a misteriosa Vesper Lynd,
a bondgirl que leva James Bond a largar tudo por amor,
com certeza se pergunta:

Como pode essa atriz talentosíssima
e mulher lindíssima
ainda não ter virado uma estrela?



Eva Green nasceu na França,
filha da atriz Marlène Jobert
e de um dentista sueco,
Walter Green.

Fala inglês e francês naturalmente,
pois passou sua infância em Londres
ao lado de sua irmã gêmea Joanne
e sua adolescência em Paris.

Aos quatorze anos,
assistindo ao filme A História de Adele H.,
com Isabelle Adjani,
resolveu que queria ser atriz como a mãe,
e foi estudar teatro.

Estreou no cinema em Os Sonhadores,
de Bernardo Bertolucci,
onde permanece nua em cena
boa parte do filme.

Na época, Eva criticou o puritanismo
de setores da imprensa americana,
que ficaram chocados com as cenas eróticas
e com as relações incestuosas mostradas no filme:

"Não entendo por que os americanos
ficaram incomodados com isso.
Não entendo por que eles não podem
ver uma pessoa nua na tela
e nós podemos ver um bebê
ser assassinado num filme deles."



O rosto de Eva lembra um pouco
o de Jeanne Moreau no início de carreira.

Lembra um pouco o de Sylvia Kristel também.

Mas como atriz,
Eva Green é única,
intensa,
ousada,
perturbadora
e com uma personalidade fortíssima.

Vai onde nenhuma outra atriz
de sua geração consegue chegar.

E, respondendo à pergunta que eu mesmo lancei
lá no primeiro parágrafo,
Eva só não virou estrela ainda
porque o sotaque de seu inglês
é british e não american.



Eva Green completou 36 anos de idade
na semana que passou,
e nós aqui estávamos quase deixando
a data passar batido.

Mas tínhamos que fazer festa
para essa mulher magnífica,
daí escolhemos seis filmes menos vistos
de sua filmografia para indicar a você, leitor.

Em comum entre eles,
a certeza de estarem todos disponíveis
nas estantes da Vídeo Paradiso.










 


OS SONHADORES
(The Dreamers, 2003, 114 minutos, direção Bernardo Bertolucci)
Matthew (Michael Pitt) é um estudante americano de San Diego que está em Paris em 1968 em um intercâmbio. Em suas idas à Cinemateca, ele conhece os gêmeos Isabelle (Eva Green) e Theo (Louis Garrel). Eles compartilham da mesma paixão pelo cinema e isso faz com que eles se aproximem cada vez mais, até que certo dia os gêmeos o convidam para um jantar na casa deles e lá ele conhece sua mãe, uma inglesa, casada com um intelectual francês. Nessa noite, Matthew dorme na casa deles e descobre que Isabelle e Theo tem um relacionamento incestuoso. No dia seguinte, os pais dos gêmeos saem para uma viagem e Isabelle e Theo convidam Matthew para passar um tempo com eles em sua casa. Eles vão ficando cada vez mais íntimos e iniciam uma série de jogos psicológicos e sexuais, sempre usando como ponto de partida o cinema. Só que, pouco a pouco, o ponto de chegada começa a se aproximar da Revolução Estudantil de Maio de 1968, e tudo se complica a partir daí. Um filme magnífico, libertário ao extremo, mas pouco visto, que traz Bernardo Bertolucci em excelente forma comandando um elenco jovem excepcionalmente talentoso.  



ARSÈNE LUPIN
(Arsène Lupin, 2004, 130 minutos, direção Jean-Paul Salomé)
Arsene Lupin (Romain Duris) é um órfão de 20 anos que perdeu o pai, o ladrão Theophraste (Nicku Naude), há pouco tempo. Arsene decide seguir a carreira do pai e logo se torna um ladrão despreocupado e empolgado com seus primeiros êxitos, mas também sem paciência nem auto-controle. Seu encontro com a Condessa de Cagliostro (Kristin Scott Thomas) lhe dá a formação necessária para que se torne um batedor de carteiras de primeira categoria. Sentindo-se pronto para vôos mais altos, ele decide roubar um fabuloso tesouro perdido dos reis da França. Para quem gosta de filmes de roubos, um prato cheio. E tanto Eva Green quanto Krisin Scott-Thomas estão lindíssimas.



SEDUÇÃO
(Cracks, 2009, 104 minutos, direção Jordan Scott)
Mrs. G (Eva Green) é professora de uma austera escola para garotas. Enquanto a maioria das professoras são severas e rígidas, Mrs. G é uma mulher à frente de seu tempo, com espírito jovem e aventureiro, fazendo questão de transmitir isso para suas alunas. Mas tudo fica prestes a mudar quando a jovem e bela Fiamma (Maria Valverde), uma estudante espanhola, se matrícula na escola. A garota insiste em preservar sua independência, o que chama a atenção de Mrs. G. Conforme os laços se tornam mais íntimos, segredos e mentiras vem à tona com a descoberta de que a relação entre professora e aluna é mais do que simplesmente acadêmica. Eva Green, cuja sensualidade intensa enlouqueceu uma verdadeira legião de marmanjos em filmes anteriores, aqui enlouquece também o público feminino. Moça poderosa está aí... 



 

SENTIDOS DO AMOR
(Perfect Sense, 2011, 92 minutos, direção David Mackenzie)
Susan (Eva Green) e Michael (Ewan McGregor) se conheceram em um momento que parecia propício para o início de um relacionamento bacana. Michael está tentando mostrar para Susan que nem todos os homens do mundo são babacas para fazê-la sofrer, assim como aconteceu com o ex-namorado. No entanto, o que parecia perfeito está ameaçado por uma pandemia que ameaça toda a humanidade. Um filme estranho, que lembra um pouco Ensaio Sobre A Cegueira de José Saramago, e que, até por isso, merece ser visto.





SOMBRAS DA NOITE
(Dark Shadows, 2012, 113 minutos, direção Tim Burton)
No ano de 1752, o casal Joshua e Naomi Collins, com o jovem filho Barnabas, partem de navio de Liverpool, Inglaterra, para começar uma nova vida na América. Mas nem mesmo um oceano foi suficiente para livrá-los da misteriosa maldição que atormenta a família. Duas décadas se passam e Barnabas (Johnny Depp) tem o mundo aos seus pés - ou pelo menos a cidade de Collinsport, Maine. Dono da Collinwood Manor, Barnabas é rico, poderoso e um playboy inveterado... até que ele comete o grave erro de partir o coração de Angelique Bouchard (Eva Green). Uma bruxa, em todos os sentidos da palavra, Angelique condena-o a um destino pior que a morte: transformá-lo em um vampiro, e depois enterrá-lo vivo. Dois séculos depois, Barnabas é inadvertidamente libertado de seu túmulo e volta para um mundo completamente diferente de 1972. Ele retorna a Collinwood para descobrir que sua propriedade, outrora grandiosa, está em ruínas. Os remanescentes da família Collins têm se saído um pouco melhor, cada um abrigando seus próprios segredos obscuros. A matriarca Elizabeth Collins Stoddard (Michelle Pfeiffer) trouxe a psiquiatra Dra. Julia Hoffman (Helena Bonham Carter) para viver em sua casa e ajudar com os problemas de sua família. Um dos filmes mais estranhos, mais brilhantes e menos vistos da lavra recente de Tim Burton. Vale uma conferida, nem que seja para ver a exuberante Eva Green loira.





PÁSSARO BRANCO NA NEVASCA
(White Bird In A Blizzard, 2014, 91 minutos, direção Gregg Araki)
Eve Connors (Eva Green), mãe de Katrina (Shailene Woodley) abandona a família e deixando todos em estado de choque. Kat e seu pai (Christopher Meloni) tentam colocar a vida em dia, mas logo a jovem começa a ter sonhos perturbadores. Aos poucos, ela irá perceber que há uma verdade terrível por trás do desaparecimento da mãe. Meloni faz bem o papel do cara durão que não quer deixar claro que está sofrendo, enquanto que Green mostra mais uma vez que consegue parecer louca como ninguém. Mas ninguém brilha mais como Woodley, que cria uma personagem complexa, repleta de características interessante. A atriz demonstra coragem ao aceitar fazer cenas de nudez num período em que Hollywood está cada vez mais careta e que jovens estrelas parecem obrigadas a seguirem um padrão de certinhas. Além do mais, é extremamente louvável que um filme voltado para o público jovem trate sexo como algo normal, sem tabus e sem estereótipos. O elenco conta ainda com a participação de Shiloh Fernandez, Gabourey Sidibe, Angela Bassett e Thomas Jane.





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