Como o meu blog não tem nada de popular, esse é o tipo de mentira que:
1. não traz consequência nenhuma
2. não incomoda rigorosamente ninguém
3. os leitores não têm o mínimo interesse em compartilhar, até porque o Blog do Brain alcança meia dúzia de pessoas que não têm o hábito de divulgar qualquer tipo de informação cuja fonte não seja absolutamente fidedigna ( Ah, eu queria aproveitar e agradecer “aos seis” pela fidelidade… muito obrigado).
Mas o que anda acontecendo nas redes sociais é muito diferente. Uma onda de ódio, desprezo e desrespeito tem se enraizado no ambiente digital causando discussões e enfrentamentos sem precedentes. E o grande responsável por toda essa maluquice se chama “notícia falsa”.
Esse elemento temerário, conhecido também pelas alcunhas “fake news”, “factoide” ou “pós-verdade”, têm se revelado um agente extremamente perigoso no mundo virtual, se utilizando da ingenuidade das pessoas para crescer, se espalhar e infectar a sociedade.
Divagações à parte, vamos a alguns fatos que explicam melhor a tese:
Semana passada, a Folha de São Paulo publicou uma matéria bastante esclarecedora sobre o potencial destrutivo das notícias falsas. Nela, é possível se ter uma boa noção de como funciona a “fábrica de títulos sensacionalistas e inverdades que se disseminam nas redes sociais”.
Em primeiro lugar, é preciso entender por que esses blogs e sites têm interesse em divulgar informações falsas. É simples: essas informações, normalmente de teor político ou sobre algum assunto polêmico, costumam ter um engajamento muito alto. E, consequentemente, audiência. E audiência gera publicidade. E publicidade, como todos sabem, dá dinheiro. E, em alguns casos, muito.
E a matéria da Folha trata justamente de um grupo de ilustres desconhecidos que criaram uma rede de blogs e sites especializada em propagar factoides. São mais de dez endereços eletrônicos gerando diariamente notícias falsas com o interesse de gerar visualizações e consequentemente vender anúncios. Estima-se que o principal site do grupo fature cerca de 100 mil reais por mês. Nada mal. Até porque ganhar dinheiro só para inventar mentiras não é das tarefas mais difíceis… ainda mais se analisarmos o perfil dos leitores que garantem esse sucesso: pessoas que costumam compartilhar tais matérias fakes lendo apenas os seus “títulos sensacionalistas”.
Mas o que levaria uma pessoa em sã consciência compartilhar uma notícia apenas lendo o seu título?
O Brain é um personagem virtual
que para muitos é de uma realidade espantosa.
O pessoal da agência de publicidade que recebe
semanalmente os seus textos datilografados (acreditem)
jura que nunca esteve frente
a frente com o articulista.
A ilustração que mostra o personagem é baseada
nos depoimentos do porteiro do prédio da agência
que o descreveu fisicamente para que
o ilustrador pudesse caracterizá-lo.
O porteiro diz que todo domingo
esse sujeito estranho, de gravata borboleta,
entrega o seu envelope com alguns textos.
São textos sobre publicidade e comunicação em geral,
mas sempre com teor crítico, irônico
e às vezes até um pouco petulante.
Foram esses traços de personalidade
que fizeram a agência dar o nome
de Brain ao nosso protagonista.
E criar um espaço para ele que se manifestasse
com suas opiniões polêmicas e comentários ácidos.
O Brain escreve toda quarta aqui no Leva um Casaquinho.
Isso se o porteiro do prédio não esquecer
de entregar o envelope lá em cima,
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