Monday, March 20, 2017

CALLING DOCTOR LOVE: HIGIENE SENTIMENTAL PARA UMA VIDA SEXUAL SAUDÁVEL E SUPIMPA (#28)



Caro Doctor Love,
Minha avó faleceu recentemente e deixou bens para todos os seus filhos e netos, além de presentes através dos quais ela gostaria de ser lembrada por nós. Eu, que sempre fui a neta mais liberada sexualmente, recebi dela uma caixa fechada cheia de fotos, acompanhada de uma carta, que dizia que quando era solteira, em meados dos Anos 60, ela posou nua em diversas sessões de fotos clicadas por um antigo namorado seu. Essas fotos ela guardou bem guardado, nunca mostrou para meu avô (que ainda é vivo) ou para ninguém da família, e agora estão comigo. Na carta ela diz: mostre para quem você achar que merece ver, confio no seu julgamento. Mas eu tenho medo de mostrar e acabar maculando a memória dela. O que eu faço, Doctor Love? 
(Netinha Doidona, Salbador BA)

Querida Netinha Doidona,
A julgar pela foto que você enviou,
eu diria que você está numa sinuca de bico.
Se eu fosse você, mostraria apenas para o familiar
em quem você mais confia.
Seria uma maneira de dividir com alguém
o peso dessa enorme responsabilidade
que sua avó jogou inteiramente nas suas costas.
Escolha a pessoa certa para dividir seu segredo
e Boa Sorte!




Caro Doctor Love,
Sou afro-brasileira e caipira, e isso tem sido um problema enorme na minha vida. É que eu sou muito gostosa, gosto muito de rodeios e música caipira, e vivo tentando trabalhar como modelo e acompanhante nesses eventos, mas nunca sou escalada pelos organizadores. No último casting de que participei, ouvi a seguinte frase de um produtor : "Filha,  vê se aprende a sambar e vai brilhar na avenida no Carnaval... isso aqui não é para você, você não leva jeito, não insista". Mas eu insisto. Porque porque sou idealista. Porque odeio samba e odeio Carnaval. E também porque não consigo entender o que pode haver de errado em ser negra e caipira e querer ser ficar rica e famosa como acompanhante para executivos. Estou errada em insistir tanto? O que eu faço, Doctor Love?
(Nadine Maybelline, Barretos SP)

Querida Nadine,
Não encare isso que está acontecendo como racismo
nem desista desse sonho que você acalenta
há tantos e tantos anos.
Mas preste sempre muita atenção
para dar para as pessoas certas,
pois só assim você vai conseguir chegar
onde você quer chegar nesse meio.
Lembre-se: nada de regular micharia, menina.
Tu é gostosa pra caralho, sabia?
Bom Outono, Bom Carreira e Boa Sorte!




Caro 
Doctor Love
,

Sou surfista e conheci no Hawaii uma garota havaiana maravilhosa que trouxe comigo quando voltei ao Brasil e com quem me casei. Vivíamos muito bem juntos quando descobri recentemente que até 5 anos atrás ela era, na verdade, um homem -- mas fez uma daquelas operações de troca de sexo com um especialista tão craque que eu jamais poderia dizer que aquele bucetão que frequento quase diariamente é, na verdade, postiço. O problema é que a família dela é ligada ao crime organizado no Hawaii, e eles insistem que fui eu quem a desvirtuou das características originais e fiz dela o que é hoje.  Estou com medo de sumir do mapa de uma hora para outra. Me ajuda, Doctor Love?
(D.O.A., Saquarema RJ)



Caro D.O.A.
Se você ainda estiver vivo
quando eu escrever essas mal traçadas linhas,
gostaria de parabenizá-lo por sua mulher.
Ela é um arraso.
Posso arriscar um conselho?
Suma com ela.
Mude para os cafundés de Goiás.
E tire o melhor proveito possível dessa moça,
ou o que quer que ela seja.
Bom Outono, Muito Cuidado e Muito Boa Sorte!







Odorico Azeitona vem escrevendo
sobre putaria e sacanagem
para LEVA UM CASAQUINHO
desde o início de 2014.
Expert gabaritadíssimo nesses assuntos,
decidimos convidá-lo para assinar
uma coluna de aconselhamento sexual
para nossos leitores mais atrapalhados.
Odorico não só adorou a ideia
como rapidamente se transformou
no conselheiro sexual menos ortodoxo
do lado de cá do Equador:
DOCTOR LOVE.




SO LONG FAREWELL
AUF WIEDERSEHEN
GOODBYE
VERÃO!

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