Saturday, March 25, 2017

O BLOG DO BRAIN FALA SOBRE TERCEIRIZAÇÃO E TENTA MEDIR O TAMANHO DA ENCRENCA



O assunto do momento é a aprovação do projeto de lei que autoriza o trabalho terceirizado de forma irrestrita.

Independente de ser uma bandeira do governo na busca de um resultado favorável com a suposta criação de uma grande frente de trabalho (que lhe traria méritos e méritos), o tema é quase uma unanimidade: vai ser uma merda para o povo. Afinal, é a perda de direitos até então intocáveis dos trabalhadores: décimo terceiro, férias, fundo de garantia etc.

Não que os empregados corram o risco de perder esses benefícios em seus trabalhos, não. O que eles podem perder de fato são os próprios empregos, afinal é bastante tentador para o empregador substituir funcionários que lhe custam praticamente o dobro, segundo as regras da CLT, por terceirizados que lhe custarão apenas e tão somente o valor do salário. Sem contar que, como o índice de desemprego é alto, é muito fácil contratar profissionais por soldos menores até do que a média do mercado.

Mas não se deve demonizar os empregadores por essa prática aparentemente prejudicial e insensível. Não esqueçam que a grande maioria dos empresários sofre com os altíssimos impostos e o custo mastodôntico de se manter uma empresa sem a prática do caixa 2 ou de qualquer outra forma de sonegação. Os empresários que se beneficiam com grandes contratos do governo, ou outras vantagens escusas, são na verdade uma seleta minoria, representada basicamente por grandes banqueiros, construtores e milionários de outros setores que têm por hábito trocar gentilezas com os caciques do planalto. O fato é que mais de 99% dos empregadores mal conseguem manter suas empresas no azul, especialmente em tempos de crise como o atual.

Mas também não me parece justo beneficiar empresários, mesmo que estes estejam atolados na merda. Até porque estão atolados apenas até o joelho, enquanto povo já tem dificuldade de respirar.




O Brain é um personagem virtual
que para muitos é de uma realidade espantosa.
O pessoal da agência de publicidade que recebe
semanalmente os seus textos datilografados (acreditem)
jura que nunca esteve frente
a frente com o articulista.
A ilustração que mostra o personagem é baseada
nos depoimentos do porteiro do prédio da agência
que o descreveu fisicamente para que
o ilustrador pudesse caracterizá-lo.
O porteiro diz que todo domingo
esse sujeito estranho, de gravata borboleta,
entrega o seu envelope com alguns textos.
São textos sobre publicidade e comunicação em geral,
mas sempre com teor crítico, irônico
e às vezes até um pouco petulante.
Foram esses traços de personalidade
que fizeram a agência dar o nome
de Brain ao nosso protagonista.
E criar um espaço para ele que se manifestasse
com suas opiniões polêmicas e comentários ácidos.
O Brain escreve toda quarta aqui no Leva um Casaquinho.
Isso se o porteiro do prédio não esquecer
de entregar o envelope lá em cima,
na agência.


SO LONG FAREWELL
AUF WIEDERSEHEN
GOODBYE
VERÃO!

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