Em 1961, quando a ex-modelo Ursula Andress saiu do mar de Nassau com seu corpo escultural coberto apenas por aquele icônico biquini branco em "Dr. No", primeiro filme da série James Bond 007, Sean Connery quase enlouqueceu, e as platéias também.
Não era para menos: era uma mulher para mais de 50 talheres, páreo duro para a sueca Anita Ekberg, que aparecera em "A Doce Vida" de Federico Fellini no ano anterior.
Rolou, claro, um inevitável romance entre os dois durante as filmagens.
Tanto Connery quanto ela eram atores novatos, desconhecidos.
Não faziam idéia de que estavam fazendo história, estabelecendo as bases para a série de espionagem mais longeva e influente de todos os tempos.
Nunca foi uma boa atriz. Nunca precisou ser. Bastava circular diante das câmeras com sua beleza arrebatadora, tirar a roupa em uma ou outra cena e... voilà!
Fez isso em "Seresteiro de Acapulco" com Elvis Presley. Fez isso em "Casino Royale" com David Niven e Peter Sellers. Fez isso em "Os Quatro do Texas", com Frank Sinatra e Dean Martin. Fez isso em "A Décima Vítima", com Marcello Mastroianni. E, claro, fez isso em "As Fabulosas Aventuras de Um Playboy", com Jean-Paul Belmondo.
Com excessão de Sinatra e Niven, consta que Ursula namorou com todos com quem contracenou nesses filmes.
Sua carreira, no entanto, começou a perder o rumo no início dos Anos 70 quando Hollywood fechou as portas para atrizes européias.
Foi quando ela passou a ser convidada apenas para produções inglesas B e comédias italianas ligeiras, sempre para exibir seu corpo em cenas cada vez mais quentes e mais reveladoras.
Seguiu até meados dos Anos 80 exibindo seu corpo nesses filmes, desafiando bravamente a chegada dos 50 anos.
Daí para a frente, deixou o cinema e começou a atuar em séries de TV esquecidas pelo tempo como "Manimal" e "Falcon Crest".
Trabalhou muito pouco nos últimos 25 anos, mas nunca se aposentou oficialmente.
Seu último trabalho foi em 2005, na comédia satírica suíça "Die Vogelpredigt", inédita por aqui.
Ao contrário de muitas mulheres que foram lindíssimas na juventude, Ursula Andress não se esconde dos paparazzi para manter sua beleza de outrora cristalizada.
Pelo contrário: adora posar para eles, adora conceder entrevistas e falar de seu passado namorador e da vida boa que teve em seus anos de jet-set internacional.
Ursula pode não ter tido uma grande carreira no cinema, mas com certeza se divertiu um bocado.
Escolhemos 5 filmes de Ursula Andress para celebrar seus 81 anos de idade.
Em comum entre eles, apenas o fato de estarem disponíveis para locação nas estantes da Vídeo Paradiso.
Primeiro filme de James Bond, o agente secreto britânico criado por Ian Fleming. Bond (Sean Connery) é enviado ao Caribe para investigar o assassinato de um outro agente e acaba esbarrando em Dr. No (Joseph Wiseman), um diabólico e inescrupuloso cientista chinês. Dr. No montou um esquema para desviar todos os mísseis lançados pelos Estados Unidos e pretende cobrar caro para recolocar as armas nas rotas previstas. Ursula Andress aparece como a primeira Bondgirl, mas Bond também se envolve com outras mulheres sedutoras e perigosas. O filme tem humor, mistério e muita ação, estabelecendo algumas características que se mantiveram por toda a série ao longo de mais de 50 anos.
O SERESTEIRO DE ACAPULCO
(Fun In Acapulco, 1963, 96 minutos, direção Richard Thorpe)
Um filme mexicano de Elvis rigorosamente idêntico aos filmes que ele rodou no Hawaii. Aqui, Elvis vai para a Costa do México depois de ter sido demitido de uma marina. É contratado como guarda-costas e cantor, passa o rodo nas beldades locais e é levado a saltar no mar de uma rocha com mais de 40 metros e altura. Cartões Postais lindíssimos e a exuberante Ursula Andress completam o pacote. Se bem que Elvis cantando "Bossa Nova Baby" é de doer...
CASSINO ROYALE
(Casino Royale, 1967, 131 minutos, direção John Huston e outros)
O genial Peter Sellers assume papéis múltiplos nessa sátira aos filmes de James Bond. Sir Bond (David Niven), um espião que segue a velha escola de espionagem, está descasando quando é chamado de volta ao trabalho com a morte de M, que pode trazer um verdadeiro colapso ao mundo civilizado. Para confundir o inimigo, todos os agentes são chamados de 007. Entre esses vários espiões estão ícones do cinema como Woody Allen, Capucine, Jacqueline Bisset e Ursula Andress. Uma avacalhação psicodélica do romance de Ian Fleming, que felizmente foi filmado corretamente muitos anos mais tarde, com Daniel Craig como Bond. É uma produção confusa, sem pé nem cabeça, assinada por quatro diretores. Mas revista no dias de hoje, até que tem seu charme.
SOL VERMELHO
(Red Sun, 1971, 115 minutos, direção Terence Young)
Em 1870, Link (Charles Bronson), um cowboy rude e ágil no gatinho, une-se com Kuroda (Toshiro Mifune), um honrado guerreiro Samurai, são chamados para resgatar uma espada Samurai de valor inestimável que sumiu num roubo de trem. Como são vítimas do mesmo bandido, os dois são forçados a lutar juntos para capturar o assassino e devolver a espada ao seu legítimo dono. Eles têm somente uma semana para completar a missão, ou o Guerreiro Samurai terá que cometer o hara-kiri! Eles seqüestram a linda namorada do assassino (Ursula Andress), que é prostituta num bordel da região. Apesar da trama sem pé nem cabeça, um faroeste extremamente eficaz. Mas que o casting é surreal, isso ele é.
(La Montagna del Dio Cannibale, 1978, 103 minutos, direção Sergio Martino)
A bela Susan Stevenson (Ursula Andress) organiza uma expedição a uma perigosa região selvagem da Nova Guiné para encontrar o marido milionário desaparecido (Antonio Marsina). Consegue convencer um antropólogo que quase morreu no mesmo lugar chamado Prof. Foster (Stacy Keach) a liderar a expedição. Porém, ao atravessarem a selva, os membros do grupo começam a ser eliminados por uma tribo de canibais que vive na região, e que idolatra um misterioso Deus Canibal. Uma baboseira, sem sombra de dúvida, mas como, infelizmente, a imensa maioria dos filmes de Ursula está fora de circulação do mercado de DVDs no Brasil, o jeito é se virar com isso aqui mesmo. Fique tranquilo: tem cenas de nudez de Ursula em número suficiente para justificar os 103 minutos perdidos.
SOL VERMELHO
(Red Sun, 1971, 115 minutos, direção Terence Young)
Em 1870, Link (Charles Bronson), um cowboy rude e ágil no gatinho, une-se com Kuroda (Toshiro Mifune), um honrado guerreiro Samurai, são chamados para resgatar uma espada Samurai de valor inestimável que sumiu num roubo de trem. Como são vítimas do mesmo bandido, os dois são forçados a lutar juntos para capturar o assassino e devolver a espada ao seu legítimo dono. Eles têm somente uma semana para completar a missão, ou o Guerreiro Samurai terá que cometer o hara-kiri! Eles seqüestram a linda namorada do assassino (Ursula Andress), que é prostituta num bordel da região. Apesar da trama sem pé nem cabeça, um faroeste extremamente eficaz. Mas que o casting é surreal, isso ele é.
(La Montagna del Dio Cannibale, 1978, 103 minutos, direção Sergio Martino)
A bela Susan Stevenson (Ursula Andress) organiza uma expedição a uma perigosa região selvagem da Nova Guiné para encontrar o marido milionário desaparecido (Antonio Marsina). Consegue convencer um antropólogo que quase morreu no mesmo lugar chamado Prof. Foster (Stacy Keach) a liderar a expedição. Porém, ao atravessarem a selva, os membros do grupo começam a ser eliminados por uma tribo de canibais que vive na região, e que idolatra um misterioso Deus Canibal. Uma baboseira, sem sombra de dúvida, mas como, infelizmente, a imensa maioria dos filmes de Ursula está fora de circulação do mercado de DVDs no Brasil, o jeito é se virar com isso aqui mesmo. Fique tranquilo: tem cenas de nudez de Ursula em número suficiente para justificar os 103 minutos perdidos.
No comments:
Post a Comment