Friday, February 19, 2016

CAFÉ E BOM DIA #13 (por Carlos Eduardo "Brizolinha" Motta)



Experiência é o nome que todos dão aos seus próprios erros.

Hoje em dia conhecemos o preço de tudo e o valor de nada.

O homem pode acreditar no impossível, mas nunca acreditará no improvável.

As circunstâncias são o acoite com que a vida nos fustiga.

Alguns de nós o recebem diretamente na carne, outros por cima das roupas.

Esta é a única diferença.

Receio que as pessoas de bem sejam a causa de infinitos males neste mundo.

A pior coisa que fazem é certamente atribuir tamanha importância ao mal.

Na verdade, o homem não busca nem o prazer nem a dor, mas sim apenas a vida.

O homem procura viver intensamente, completamente, perfeitamente.

Quando conseguir fazer isto, sem lesar a liberdade alheia e sem nunca ser lesado, quando todas as suas atividades só lhe proporcionarem satisfação, ele será mais saudável, mais normal, mais civilizado, mais si mesmo.

A felicidade é a medida pela qual o homem julga a natureza e avalia até que ponto está em harmonia consigo mesmo e com o ambiente.

Sempre percebemos alguma coisa ridícula nas emoções das pessoas que deixamos de amar.

A beleza é a única coisa contra a qual a força do tempo é vã.

As filosofias se desmancham como areia, as crenças sucedem-se uma após a outra, mas o que é belo é uma alegria para qualquer época, e é algo que pertence à toda a humanidade para sempre.

A SUAVIDADE DE WILDE NO CAFÉ.




Nasce com o despertar um sorriso amargo na face amassada, saudade...
Saudade essa dor do sonhador nativo e filho adotivo de Mãe Banzo.
Dança do vazio.
Um buraco latejante na alma que jorra golfadas saudade/banzo...saudade/banzo.
Hemorragia sem controle como se ouvisse um bumbo na marcação.

Sai de uma dança macabra.
Deste espaço sem muros
Quebrando versos de Baudelaire Resfolegando, tropego,

Rompendo noturno silêncio,
Chacoalhando guizos.
Confuso, impreciso,
Buscando abrigo
Em estrada sem métrica,
Poesia sem pedras,
Noite sem luar.
Doeu na carne raio solar
Anunciado luminosa manhã
Como as estivais de Rimbaud.
Leves nuvens desenhadas
dançando como cisnes de Saens.
abraçando meus poucos amigos
Que erguem taças, convidando me
Para sentar.
Um brinde me foi ofertado
Outros ofertei.
Cantamos áreas inteiras
E lá pelas tantas com voz de baritono "...
É tua hora de voltar..."
Deitamos lágrimas
Efusivos abraços
Muito ficou por relembrar.
Quem pode saber dos sonhos...
Não nos são permitidos reservar.
Vale o macabro da dança
Se cisnes no sonho podemos encontrar.

CAFÉ E BOM DIA PARA TODOS NÓS.




Carlos Eduardo "Brizolinha" Motta
é poeta e proprietário
da banca de livros usados
mais charmosa da cidade de Santos,
situada na Rua Bahia sem número,
quase esquina com Mal. Deodoro,
ao lado do EMPÓRIO SAÚDE HOMEOFÓRMULA,
onde bebe vários cafés orgânicos por dia,
e da loja de equipamentos de áudio ORLANDO,
do amigo Orlando Valência.

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