Friday, February 19, 2016

QUE TAL SUBIR A SERRA NO FIM DE SEMANA? AQUI, 6 PROGRAMAS SEM CONTRA-INDICAÇÕES



CHET BAKER, APENAS UM SOPRO
(Centro Cultural Banco do Brasil)
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Paulo Miklos estreia no teatro como o trompetista de cool jazz Chet Baker num texto de Sérgio Roveri que ganha sustentação na presença do roqueiro dos Titãs, que, assim como seu personagem, viveu a barra pesada da dependência química, e aqui aproveita para purgar seu passado junkie. Claro que essa estranha simbiose entre ator e personagem é humaniza o ídolo retratado de forma tão frágil e facilita o espelhamento junto à plateia. A trama faz um recorte ficcional em torno da biografia de Chet Baker (1929-1988). No fim da década de 60, o jazzista foi agredido nas ruas de São Francisco e ficou impedido de tocar. Depois de três anos, ele volta aos estúdios para gravar um disco e encontra um clima pouco amistoso entre os integrantes de sua banda (representados pelos atores-músicos Anna Toledo, Jonathas Joba, Piero Damiani e Ladislau Kardos) que vão acompanhá-lo. A direção, excelente, é do ousado José Roberto Jardim.
CONSERTANDO FRANK
(Teatro MuBE Nova Cultural)
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Neste drama escrito em 2001 pelo americano Ken Hanes, Chico Carvalho interpreta o jornalista Frank Johnston, acostumado a abordar temas frívolos em suas reportagens. Persuadido pelo namorado, o psicólogo Jonathan (Rubens Caribé), ele se disfarça de paciente para denunciar um terapeuta (Henrique Schafer) que teria desenvolvido um método de reversão da homossexualidade. Desnecessario dizer que ela acaba virando vítima de sua própria investigação. Preparem-se para um mergulho perturbador na natureza humana promovido pelo diretor Marco Antonio Pâmio e sua bela trinca de atores, num espetáculo que evita a todo custo despertar polêmicas rasas ou hastear bandeiras demagógicas.




TONINHO HORTA E RENATO BRAZ
(SESC Bom Retiro)
19, 20 e 21 de Fevereiro
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Desde o início de sua carreira, em meados dos Anos 1960, Toninho Horta vem conquistando a admiração de grandes nomes da música brasileira, e, nessa longa estrada, alcançou reconhecimento internacional como um dos maiores guitarristas do jazz do Planeta Terra. Canções como "Beijo partido", com inúmeras regravações, também não deixam dúvida do talento de Toninho Horta como compositor. Já o premiadíssimo cantor, violonista e percussionista Renato Braz aproveita a deixa para se consolidar como um dos mais importantes artistas da nova cena da música brasileira. Um show absolutamente indispensável. Providencie já o seu ingresso nas Bilheterias do SESC antes que acabem.
PÉRICLES CAVALCANTI
19 de Fevereiro
(SESC Pompéia)
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Em 41 anos de carreira, Péricles Cavalcanti vêm mergulhando suas canções em doses de delicadeza e em poços de experimentação, e com isso elas sempre encontraram abrigo nas vozes de grandes artistas populares como Gal Costa, Caetano Veloso, Adriana Calcanhoto, etc. Em seu novo show, "Leve e Solto", a sutileza dá o tom. Acompanhado por uma dupla primorosa -- Pipo Pegoraro (violão, vocais de apoio, guitarra, teclado e baixo) e Marcelo Monteiro (saxofone e flauta) --, Péricles Cavalcanti passeia por vários gêneros musicais e mescla velhas e novas canções num contexto musical que deve surpreender até os que acompanham sua carreira há longa data. Não é um show nostálgico, e sim um panorama de carreira de um artista inquieto e que não cansa de se renovar para permanecer relevante em termos artísticos. "Leve e Solto" vai virar disco em breve, mas antes Péricles, Pipo e Marcelo querem "amaciar o repertório" em alguns shows ao vivo. Que tal virar testemunha e, de certa forma, cúmplice dessa iniciativa?
BIDÊ OU BALDE?
19 de Fevereiro
(SESC Vila Mariana)
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A banda gaúcha Bidê Ou Balde? tem um histórico de carreira glorioso, mas infelizmente pouco conhecida, por ser independente até o talo, permanece muito pouco conhecida fora dos Estados do Sul do Brasil. Eis que agora eles chegam a São Paulo trazendo embaixo do braço o oitavo álbum: "Gilgongo! ou A Última Transmissão da Rádio Ducher", que fecha a trilogia de álbuns dedicados ao fictício escritor de ficção-científica Kilgore Trout que aparece como personagem em vários romances de Kurt Vonnegut, Jr. Preparem-se para uma aventura musical nada menos que inusitada, mas sempre muito divertida.
LUCAS SANTANA
20 de Fevereiro
(SESC Consolação)
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O novo show desse cantor e guitarrista baiano extremamente talentoso foi concebido para promover o relançamento de seu quarto disco, "Sem Nostalgia" (2011), agora em vinil e na cor branca. A ordem de algumas canções foi alterada para o formato LP, mas a grande novidade ficou por conta da arte, que apresenta algumas obras da artista plástica Lenora de Barros. O álbum é o quarto na carreira do artista. Prepare-se para muita experimentação sonora em arranjos inusitados para canções já bem conhecidas do público. Lucas Santana pode ser acusado de muitas coisas, mas jamais de ser um artista óbvio. Não perca.



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