Tuesday, March 8, 2016

CONHEÇA AQUI ALGUNS PROGRAMAS SOCIAIS QUE NINGUÉM OUSOU IMPLANTAR ATÉ AGORA

por Odorico Azeitona


Um grande amigo, comunista de alma anarquista, costumava dizer para os amigos que tinha a solução ideal para a questão da Previdência Social no Brasil. Segundo ele, Lula, e depois Dilma, deveriam criar o Vale-Quenga e o Vale-Bofe para atender aos aposentados de ambos o sexos -- os dois sexos principais viriam primeiro, os outros depois.

As Quengas e os Bofes que proporcionariam uma ou duas visitas íntimas aos aposentados e aposentadas cadastrados seriam escolhidas e treinadas por bofes e cafetinas veteranas muito experientes nas técnicas do amor físico, e não poupariam os velhinhos e velhinhas de emoções intensas, o que certamente levaria muitos deles a ter uma vida menos longa do que teriam em circunstâncias normais. Mas viveriam melhor. Talvez até viessem a morrer felizes. No final das contas, valeria a pena para ambas as partes envolvidas.


Dizia esse amigo que o custo operacional que o Governo teria com as Quengas e os Bofes seria amortizado rapidamente com as baixas provocadas pela aeróbica de alto impacto ministrada nos cidadãos e cidadãs de terceira idade com direito ao benefício. Sem contar que o Governo poderia cruzar esses dois programas sociais com um terceiro, que não tinha nome definido, mas que proporcionaria o primeiro emprego a toda uma geração de brasileirinhos sarados e brasileirinhas gostosas com muito fogo no rabo.

Essa idéia, claro, é do tempo em que alguns setores da esquerda brasileira ainda conseguiam ser bem humorados. De uns tempos para cá, isso ficou inviável. Não pretendo entrar nesse tema, até porque o motivo pelo qual estou escrevendo isso aqui é justamente para trazer aos leitores deste blog um refresco para esquecer por alguns minutos a indignação nacional com todo esse estado de coisas que envolve o PT e sua permanência desesperada no poder.


Esse amigo dizia ainda que caso os brasileirinhos sarados e as brasileirinhas gostosas com muito fogo no rabo ficassem melindrados em se alistar no Vale-Quenga e no Vale-Bofe -- um possível cacoete da então recém-surgida nova classe média --, não haveria problema: bastaria uma pequena negociação com o Governo Cubano e com outras republiquetas da America Central, e rapidamente receberíamos por aqui exércitos libidinosos prestes a ministrar as visitas íntimas previstas nos dois programas.

Detalhe: eles e elas poderiam já chegar ao Brasil treinados em seus países de origem com técnicas sexuais ainda mais apimentadas do que as praticadas por aqui.


Claro que a Igreja iria espernear. E as feministas também. 

Mas os herdeiros desses velhinhos com certeza ficariam encantados com a possibilidade deles viverem menos.

E os velhinhos morreriam felizes, em meio a momentos de intenso prazer.

E a prostituição deixaria de ser crime para virar uma espécie de assistência social -- na verdade, sempre o foi, só que acessível apenas para alguns poucos privilegiados mais desavergonhados.

Meu bom e velho amigo só via vantagens na sua proposta.

Vibrava sempre que falava desse assunto.


Pois bem: esse meu velho amigo, autor dessas idéias geniais, faleceu há pouco mais de um ano, de um infarto fulminante.

Não vou dizer seu nome aqui.

É que alguns setores de esquerda, extremamente mau-humorados, se apoderaram do nome e da memória dele para fazer proselitismo político, e não vão sossegar enquanto não o transformarem numa espécie de mártir carrancudo -- algo que ele jamais pretendeu ser.

Eu, aqui no meu canto, sigo pensando nesse meu bom amigo com carinho, imaginando o grande conselheiro que o PT perdeu por nunca ter conseguido entender suas ideias originais e seu senso de humor devastador.



Odorico Azeitona
foi iniciado por uma prostituta
muito carinhosa e bem professoral
na Boca do Lixo de São Paulo,
e foi escolhida por seu próprio pai.
Sempre que visita seu pai
no Cemitério Vila Formosa, no Tatuapé
lembra dela com muito carinho.
Odorico escreve toda semana
em LEVA UM CASAQUINHO







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