ATÉ QUE DEUS É UM VENTILADOR DE TETO
(Espaço Parlapatões)
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Escrita por Hugo Possolo, a peça Até que Deus É um Ventilador de Teto é vendida sob o carimbo de comédia dramática. Mais exato seria defini-la como um pungente drama contemporâneo sobre um homem angustiado e impotente diante da realidade. As poucas risadas que o público dá resultam da tensão que envolve um jornalista (muito bem representado pelo autor) em crise pessoal e profissional. Os problemas não são poucos. O trabalho ficou medíocre, o casamento perdeu o encanto e o filho, um tanto indiferente, está prestes a voltar de uma temporada fora do país. Para completar, o protagonista vive atormentado pela insegurança nas ruas. Diariamente, ele avista em um semáforo um mendigo de olhos claros (papel de Raul Barretto), que, em sua fantasia, poderia ser Jesus Cristo disfarçado na terra. A aproximação entre os dois personagens faz a história tomar um novo caminho, que surpreende o espectador e aumenta ainda mais o caráter melancólico da reflexão proposta. A direção de Pedro Granato é uma embalagem inteligente para o texto e tem como principal acerto limpar qualquer traço cômico de Possolo, tão marcado pelas montagens de palhaços do grupo Parlapatões. Na sequência do monólogo tragicômico Eu Cão Eu (2013), Possolo mostra como autor e intérprete a inquietação de se renovar. Mais que isso, a disposição de se entregar às orientações de um diretor em um terreno em que não costuma transitar com tanto conforto, o dramático. Estreou em 27/8/2015. Até 26/3/2016..
TEOREMA 21
Sediado na Vila Maria Zélia, o Grupo XIX de Teatro retoma o diálogo com a arquitetura da antiga vila operária do Belém. O novo espetáculo, Teorema 21, é encenado nas ruínas da escola, hoje desativada, onde estudavam os filhos dos moradores no começo do século passado. A degradação da instituição colabora para fortalecer a metáfora da adaptação criada por Alexandre Dal Farra em torno da obra homônima do cineasta italiano Pier Paolo Pasolini (1922-1975) dirigida por Luiz Fernando Marques. Se a ambientação remete ainda às arenas das tragédias gregas, o ótimo elenco adota um realismo extremo para mostrar a derrocada moral sem freios de uma família burguesa. No drama, um casal (interpretado por Ronaldo Serruya e Juliana Sanches) volta com os filhos (vividos por Bruna Betito e Paulo Celestino) e a empregada (a atriz Janaina Leite) ao seu antigo lar e nada parece surpreender a rotina. A chegada de um estranho (o ator Rodolfo Amorim), que seduz um a um dos moradores, gera um atrito irremediável nessas relações. O clima de tensão não dá trégua ao espectador, assim como a crueza das cenas de violência e sexo. Em registros calculados, os atores dosam cada uma dessas intensões, evoluindo da apatia para a perplexidade até chegar algumas vezes ao desespero. Mesmo que os artistas transitem em torno do público, acomodado em banquinhos no cenário, o diretor Luiz Fernando Marques teve o cuidado para que não haja uma interação maior. A mensagem já é forte e pesada o suficiente para se exigir mais do espectador. Estreou em 22/1/2016. Até 1º/5/2016.
LUCINHA TURNBULL
(SESC Belenzinho)
(SESC Belenzinho)
11 de Março, 21 horas
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A cantora, compositora e instrumentista Lucinha Turnbull faz show retrospectivo de sua longa carreira. Quando se trata de rock no Brasil seu nome é lembrado como a guitarrista da banda Rita Lee & Tutti Frutti - e por ser a primeira mulher a assumir a guitarra numa banda. Neste show apresenta canções inéditas, parcerias com Rita Lee, Paulo Leminski e Mathilda Kovak, sucessos do Tutti Frutti e músicas de Gil e Gonzaguinha, feitas especialmente para ela, além de homenagear duas influências marcantes em suas escolhas: Beatles e Bob Dylan.
JOÃO DONATO
(SESC Pompéia)
11 e 12 de Março
(SESC Pompéia)
11 e 12 de Março
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Aos 81 anos, João Donato lança novo disco, seu primeiro álbum de inéditas em mais de uma década. "Donato Elétrico" traz o pianista a toda, tocando instrumentos como piano elétrico Fender Rhodes e sintetizadores analógicos, e acompanhado de banda nova, formada por músicos de São Paulo que integram conjuntos como Bixiga 70. O show de lançamento do CD "DonatoElétrico" traz temas novíssimos de Donato, como "Tartaruga" e "Frequência de Onda", e releituras de clássicos gravados pelo músico nos anos 70, período de forte inspiração para a nova fase elétrica. Os músicos que acompanham Donato no show são Décio 7 (bateria),Mauricio Fleury (guitarra), Marcelo Dworecki (baixo), Douglas Antunes (trombone), Cuca Ferreira (flauta e sax barítono), Richard Fermino (flauta e clarone), Anderson Quevedo (flauta e sax tenor), Bruno Buarque (bateria), Zé Nigro (baixo), Beto Montag (vibrafone) e Rômulo Nardes (percussão).
ALABAMA SHAKES
Aos 81 anos, João Donato lança novo disco, seu primeiro álbum de inéditas em mais de uma década. "Donato Elétrico" traz o pianista a toda, tocando instrumentos como piano elétrico Fender Rhodes e sintetizadores analógicos, e acompanhado de banda nova, formada por músicos de São Paulo que integram conjuntos como Bixiga 70. O show de lançamento do CD "DonatoElétrico" traz temas novíssimos de Donato, como "Tartaruga" e "Frequência de Onda", e releituras de clássicos gravados pelo músico nos anos 70, período de forte inspiração para a nova fase elétrica. Os músicos que acompanham Donato no show são Décio 7 (bateria),Mauricio Fleury (guitarra), Marcelo Dworecki (baixo), Douglas Antunes (trombone), Cuca Ferreira (flauta e sax barítono), Richard Fermino (flauta e clarone), Anderson Quevedo (flauta e sax tenor), Bruno Buarque (bateria), Zé Nigro (baixo), Beto Montag (vibrafone) e Rômulo Nardes (percussão).
ALABAMA SHAKES
14 de Março
(Audio Club)
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Uma das bandas mais esperadas desta edição apresenta seu rock com levadas de soul e funk setentistas. Liderado pela voz de Brittany Howard, o grupo põe o público para se mexer com Don’t Wanna Fight No More e Hold On. Os americanos do Cold War Kids abrem a noite. Dia 14/3/2016
EAGLES OF DEATH METAL
15 de Março
(Cine Jóia)
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Impossível ler esse nome e não lembrar do show que eles faziam em Paris na noite dos atentados de novembro passado. Mas a história do projeto paralelo de Josh Homme (Queens of The Stone Age) e Jesse Hughes é maior: tem quase vinte anos na estrada. Eles mostram aqui o som sujo do garage rock e uma linda versão de Save a Prayer. Dia 15/3/2016.
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