COMO ME TORNEI ESTÚPIDO
(Teatro SESC Ginástico)
Quinta a Sábado 21 horas
Ingressos no local
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Romance de estreia do francês Martin Page, de 2000, quando o autor contava apenas 25 anos, Como me Tornei Estúpido conquistou empatia e sucesso imediatos. Foi traduzido em mais de vinte idiomas — no Brasil, lançado em 2005, esgotou-se em três semanas. A ótima acolhida ao livro, uma sátira espirituosa a valores dúbios como o consumismo, a futilidade e o imediatismo contemporâneos, deixa no ar uma questão: estamos conseguindo rir de nós mesmos ou apenas nos tornamos tão cínicos que nada mais nos abala? Em cartaz no Teatro Sesc Ginástico, a adaptação da obra de Page para o teatro aposta em atraente meio termo, sem ser infiel ao original, conciliando o humor da trama com crítica social suave. Na peça, como no livro, Antonio (Alexandre Barros) é um rapaz inteligente e culto que não consegue ser feliz. Ele culpa as próprias virtudes por seu sentimento de inadequação. Antes de concluir que só a imersão na burrice reinante o tornará contente, adaptado à sociedade, o personagem busca “saídas” alternativas, a exemplo do alcoolismo e do suicídio. No começo da sessão, os atores comentam assuntos rotineiros — completam o elenco Gustavo Wabner, Marino Rocha e Rodrigo Fagundes, como amigos próximos do protagonista. Um dos temas abordados é a campanha (real) da célebre e cara marca italiana Diesel, de 2010, cujo slogan era Be stupid! (literalmente, “Seja burro!”). A dramaturgia de Pedro Kosovski introduz, acertadamente, elementos mais recentes à história (as redes sociais, por exemplo, são um fenômeno posterior ao livro). Na direção, Sergio Módena segue linha ágil e leve, sem exagerar nas características cômicas dos quatro amigos. Entrosados, os atores parecem se divertir no palco e contagiam a plateia.
ALICE MANDOU UM BEIJO
ALICE MANDOU UM BEIJO
(Espaço SESC Copacabana)
Quinta a Sábado 21 horas
Ingressos no local
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Quando o espetáculo começa, os familiares da personagem-título estão voltando de seu enterro. Penduram casacos, abraçam-se, enxugam as últimas lágrimas. O silêncio compreensível é rompido por Jandira (Bruna Portella): a irmã do meio liga o toca-discos, provocando protestos do patriarca (José Eduardo Arcuri) e da filha mais velha (Vivian Sobrino). Jandira defende-se dizendo que a caçula gostaria de uma festa. Seu filho (Luan Vieira), que é autista, tira fotos dos parentes. Menos confortável, o viúvo (Tairone Vale), que mora ali de favor, mantém uma distância segura de todos. A cena inicial dá o tom da peça, escrita e dirigida por Rodrigo Portella: morta, Alice está mais presente do que nunca. Seu espectro desenterra lembranças, inspira acusações e reaviva ciúmes. Não, não se trata de um dramalhão. Momentos de humor, ácidos e politicamente incorretos (um viva a eles), não são poucos durante a sessão. O trunfo maior da montagem é sua honestidade. Baseada em memórias do diretor, também fundador da jovem Cia Cortejo, sediada em sua Três Rios natal, Alice Mandou um Beijo comove profundamente por compor um retrato de família ao mesmo tempo amoroso e crítico, irônico e naïf, acre e doce como a vida. Essa impressão é possível graças ao excelente trabalho dos atores, sem excessos fáceis. Também concorrem para o precioso resultado a luz correta, a trilha sonora sutilmente evocativa de outro tempo, a direção precisa e figurinos adequados.
MANU GAVASSI
(Teatro NET Rio)
13 de Março
13 de Março
Ingressos AQUI
Estrelinha teen paulistana, a atriz e cantora de 23 anos aposta numa linha mais sensual e em canções mais climáticas em seu novo álbum Vício, em que transita entre o pop e o eletrônico. Pop honesto, do tipo que as meninas adoram.
GUSTAVO MACACKO
9 a 11 de Março
9 a 11 de Março
(Castelinho do Flamengo)
Gratis
Cantor e compositor extremamente inventivo e anticonvencional, Gustavo Macacko está circulando por aí defendendo o repertório do álbum Despontando para o Anonimato. Ele é a próxima atração da série de apresentações gratuitas Verão Musical no Castelinho.
LAN LANH
LAN LANH
Toda Quinta até 31 de Março
(Bottle's Bar - Beco das Garrafas)
Ingressos no local
Percussionista da banda Moinho, a baiana, que já trabalhou com Marisa Monte, Cássia Eller, Elba Ramalho e o grupo francês Nouvelle Vague, comemora trinta anos de carreira com quatro apresentações no Beco das Garrafas, sempre às quintas. Frevos, xotes e afoxés compõem o repertório do show. Edu Krieger é o convidado da semana.
JANAÍNA FELLINI
12 de Março
(Centro Cultural Solar de Botafogo)
Ingressos AQUI
Cantora paranaense, Janaina estreia em solo carioca com o espetáculo Casa Aberta. No repertório de bom gosto, dividem espaço composições de Gilberto Gil, Lucas Santtana e Itamar Assumpção.
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